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23/Jun/2023

Perspectivas para taxa de juros nos EUA e no Brasil

No cenário internacional, tanto o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) quanto o Banco Central Europeu (BCE) tomaram decisões relevantes. Na última reunião do FOMC, o Fed optou por manter a faixa da taxa de juros de referência entre 5,00% e 5,25%. Além disso, sinalizou a possibilidade de aumentar ainda mais as taxas de juros. O Rabobank projeta um acréscimo de 0,25% em julho, elevando o alvo do Fed Funds para a faixa de 5,25% a 5,50%. Quanto ao BCE, a expectativa do Rabobank se confirmou, com o aumento de 0,25% na taxa de depósito, agora em 3,50%. E há a previsão de mais um aumento de 0,25% na próxima reunião, elevando a taxa de depósito para 3,75%. No contexto brasileiro, a agência de classificação de risco S&P revisou a perspectiva da nota de crédito do país de neutra para positiva, mantendo a classificação soberana em "BB-".

Essa mudança na perspectiva foi impulsionada pela implementação de reformas pragmáticas em andamento no Brasil. No mercado financeiro, observou-se uma queda de 1,2% no índice DXY do dólar, enquanto o S&P500 registrou um aumento de 2,6%. O dólar em relação ao Real valorizou-se em 1,2%. O Ibovespa, por sua vez, teve um crescimento de 1,5% e a curva de juros no Brasil se achatou. O Rabobank destaca que o Real continuará se beneficiando das altas taxas de juros domésticas e do diferencial em relação às taxas de juros globais. Entretanto, uma revisão do mercado em relação aos cortes de juros do Fed previstos para este ano pode afetar os ganhos da moeda brasileira. As projeções indicam que o dólar deverá ser negociado a R$ 5,15 até o final de 2023 e a R$ 5,20 até o final de 2024. Em termos econômicos, a atividade do Brasil demonstra resiliência, com um crescimento de 0,6% no Produto Interno Bruto (PIB) mensal do Banco Central em abril, impulsionado pela safra recorde de grãos.

Apesar da desaceleração em indicadores de atividade de alta frequência, a produção geral da economia tem apresentado aumento. O Rabobank prevê um crescimento do PIB de 2,3% no próximo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior. No setor varejista, as vendas começaram a enfraquecer após um bom primeiro trimestre. Em abril, as vendas no varejo aumentaram 0,1% em relação ao mês anterior, enquanto o índice geral de vendas no varejo, que inclui veículos e materiais de construção civil, registrou uma contração de 1,6%. Segmentos sensíveis ao crédito têm enfrentado dificuldades devido às altas taxas de juros. O setor de serviços apresentou uma queda de 1,6% em abril, com quatro das cinco principais categorias setoriais declinando em relação ao mês anterior. Fonte: Suinocultura Industrial. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.