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22/Jun/2023

Revisão nas projeções para o PIB global e do Brasil

A Fitch aumentou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global em 2023, de 2% para 2,4%, mas reduziu para 2024, de 2,4% para 2,1%, prevendo uma desaceleração da economia mundial. A agência de classificação de risco diz que o crescimento global tem mostrado maior resiliência do que o esperado, mas com o núcleo da inflação insistentemente elevado, a tendência é que os bancos centrais endureçam a política monetária e esfriem a economia em 2024. Tanto Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) quanto Banco Central Europeu (BCE) devem aumentar as taxas de juros mais duas vezes e não cortar o aperto monetário neste ano.

O Banco da Inglaterra (BoE) deve seguir o mesmo movimento e elevar os juros 5,25% em 2023, sem cortes. A inflação de serviços e o crescimento dos salários nos Estados Unidos e na Europa tendem a manter a inflação teimosamente elevada. A Fitch diz que os países emergentes, sem contar a China, tendem a registrar crescimento maior do que o esperado anteriormente. A previsão é que o crescimento de países emergentes seja de 2,9%, contra 2% previstos anteriormente. Brasil, Índia, México e Rússia devem ter substancial melhora econômica, e Brasil e México devem ser os poucos países a cortarem suas taxas de juros ainda em 2023.

A safra agrícola abundante e a demanda doméstica persistente tendem a aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2,3% em 2023. A dissipação de algumas preocupações sobre os gastos públicos com o novo arcabouço fiscal e inseguranças sobre o governo Lula também auxiliaram a revisão. A normalização da produção agrícola e os reflexos da política monetária restritiva, porém, vão desacelerar a economia do Brasil além do esperado em 2024: antes, esperava-se crescimento de 1,7%, contra 1,3% na atual projeção. A inflação do País tende a terminar o ano em um avanço moderado, de 5,2%, motivada parcialmente pelos cortes de impostos sobre combustíveis do ano passado, que têm sido eliminados gradativamente. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.