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22/Jun/2023

Conselhão envia carta ao BC pedindo queda nos juros

Antes do anúncio da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a taxa Selic nesta quarta-feira (21/06), integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, pediram, em carta aberta, o início da queda dos juros no País. Dentre os 51 participantes do chamado "Conselhão" que assinam o documento, estão a dona do Magazine Luiza, Luiza Trajano, e membros de associações empresariais. São exemplos: a Federação de Indústrias do Estado de São Paulo, (Fiesp), a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) e a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB). A carta aberta é direcionada ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e aos diretores da autoridade monetária.

"É hora de baixar os juros para retomar a atividade econômica, gerar emprego e renda. É urgente uma política monetária adequada", diz o documento. "Por conta disso, integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômica Social Sustentável, o Conselhão, representando empresários, trabalhadores e sociedade civil, somam suas vozes para manifestar sua preocupação com a necessidade de o Copom iniciar o processo de redução da taxa de juros, sem o qual o Brasil não poderá voltar a crescer", conclui a carta. Na semana passada, Luiza Trajano já tinha sido bastante vocal na defesa da queda de juros em evento do setor de varejo. A empresária ligou para Campos Neto "mais de 20 vezes" recentemente e mandou muitos recados sobre a necessidade de a Selic, atualmente em 13,75% ao ano, ser reduzida. "Baixa os juros, mas não é 0,25%, não, que é muito pouco", disse ela, no mesmo evento em que Campos Neto pediu "paciência" aos presentes e disse que as coisas estavam se encaminhando de forma positiva.

A manifestação de integrantes do Conselhão se soma às declarações feitas pelo governo federal pela redução da taxa de juros. Desde o início do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e membros do governo fazem críticas diretas a Campos Neto e ao Banco Central, que tem mantido a Selic em 13,75% ao ano, o maior nível em mais de seis anos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também tem defendido que a queda da Selic já deveria ter acontecido. Apesar da forte ofensiva do governo e de empresários, a expectativa majoritária é de manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano pela sétima vez seguida. De 46 instituições financeiras consultadas, 45 esperam estabilidade e apenas uma espera queda para 13,50% ao ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.