21/Jun/2023

O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que o debate da reforma tributária está “maduro” e que a proposta precisa ser votada agora. Na visão dele, o governo pode enfrentar mais dificuldades para aprovar uma alteração constitucional, como é o caso da mudança no sistema de tributos do País, depois do primeiro ano de mandato. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), prometeu levar o texto ao plenário da Casa na primeira semana de julho. Alckmin afirmou que há uma conjunção de esforços do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e da cúpula do Congresso para aprovar a reforma tributária.

Ele também destacou que a mudança no sistema tributária deve desonerar investimentos, promover o crescimento econômico e gerar empregos. O vice-presidente, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, defendeu a reforma como necessária para impulsionar o setor industrial e minimizou as resistências de alguns Estados com o texto da proposta. De acordo com Alckmin, a ideia não é “tirar de um para dar ao outro” na questão federativa. O coordenador do grupo de trabalho da reforma tributária na Câmara, Reginaldo Lopes (PT-MG), afirmou que o País pode perder competitividade na agroindústria e até mesmo na exportação de grãos primários se a proposta não for aprovada.

O deputado fez referência a atividades importantes para o agronegócio, um dos setores que mais resistem em apoiar a mudança no sistema de tributos. Os mesmos problemas que o atual sistema tributário impôs a indústria poderão chegar ao agronegócio. Se essa reforma não for aprovada, o que desindustrializou o Brasil de forma precoce, vai afetar as agroindústrias, mesmo com todas as vantagens comparativas que têm o agro. Esse modelo atual que não devolve os créditos, não paga os acumulados, também vai desindustrializar o setor da agroindústria, vai tirar a competitividade, e pode atingir até o setor exportador primário de grãos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.