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21/Jun/2023

Brasil mal colocado no ranking de competitividade

Segundo a nova edição de ranking da escola de educação executiva suíça IMD, África do Sul, Mongólia, Argentina e Venezuela. Apenas esses países são menos competitivos do que o Brasil. Na lista do ano passado, o País já estava somente à frente desses países. Porém, com a inclusão na relação do Kuwait, outra economia mais competitiva do que a brasileira, o Brasil caiu da 59ª para a 60ª posição no ranking. O levantamento considera indicadores econômicos dos países (a maioria relativa ao ano passado), assim como pesquisas de opinião com executivos e empresários. No Brasil, a coleta de dados econômicos e a pesquisa são realizadas pela Fundação Dom Cabral (FDC).

A nova edição mostra uma melhora na avaliação do Brasil nas áreas de infraestrutura básica, atração de investimentos internacionais, emprego e preços, sobretudo de combustíveis, que tiveram desoneração, e alimentos. Por outro lado, na comparação com outras economias, o Brasil está entre os piores países quando se trata de educação, custo de capital, legislação trabalhista e finanças públicas, assim como em produtividade da força de trabalho e burocracia para abertura de empresas. Entre os destaques do levantamento, pesquisadores da Dom Cabral apontam a percepção de que as empresas brasileiras estão atrasadas na adoção de ferramentas de análise de dados (big data) e de inteligência analítica (analytics), ao passo que a baixa produtividade está associada a deficiências na formação de capital humano.

São fatores que ajudam a explicar por que o Brasil, em apenas dois anos, despencou da 49ª para a 61ª posição na eficiência dos negócios, um dos quatro pilares considerados no ranking. Pelo segundo ano seguido, a Dinamarca foi escolhida como o país onde as empresas têm maior competitividade. Depois do país, vem agora a Irlanda, que tirou a vice-liderança da Suíça. Entre as maiores economias do mundo, os Estados Unidos subiram uma posição (da 10ª para a 9ª colocação), enquanto a China perdeu quatro posições, caindo do 17º para o 21º posto, como reflexo, entre outros motivos, das rígidas restrições da política de Covid zero em 2022.

A Irlanda, que até o ano passado não aparecia no top ten de competitividade, pode ser uma referência para o Brasil. O país, após ser castigado pela crise financeira de 2008, investiu em reformas que atraíram investimentos perdidos pelo Reino Unido após o Brexit. Além da carga tributária relativamente baixa para o padrão europeu e do fácil acesso ao mercado da Europa, a Irlanda chegou à segunda posição no ranking por oferecer mão de obra qualificada, boa infraestrutura e superávits nas contas públicas que permitiram ao país criar fundos para políticas anticíclicas. A Irlanda pode ser um modelo para os tomadores de decisão do Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.