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20/Jun/2023

Dólar cai com cenário econômico favorável no Brasil

Após leve alta na sessão anterior, o dólar voltou a ceder ante o Real nesta segunda-feira (19/06), em meio a uma visão positiva dos investidores sobre o Brasil, que passa por processo de queda da inflação, aceleração do crescimento, perspectiva de corte de juros e de mais controle na área fiscal. O dólar fechou a R$ 4,77, com baixa de 0,96%. Este é o menor valor de fechamento desde 31 de maio de 2022, quando encerrou a R$ 4,75. Na sexta-feira (16/06), a moeda norte-americana chegou a subir ante o Real, interrompendo uma sequência de cinco sessões consecutivas de baixa, com alguns investidores realizando lucros mais recentes. Nesta segunda-feira (19/06), no entanto, a moeda norte-americana retomou a trajetória mais recente de queda já nos primeiros minutos de negócios, com investidores avaliando que o momento é de fato para alta do Real.

Relatório do Goldman Sachs pontuou que o Real está quase 5% mais forte que o dólar no acumulado do mês e que ainda haveria muito espaço para o avanço da moeda brasileira. A avaliação do Goldman Sachs é de que, ainda que o Banco Central comece o processo de cortes da taxa básica Selic no futuro próximo, a taxa real no Brasil seguirá favorável à atração de investimentos. Segundo o Valor Investimentos, o movimento do câmbio no Brasil é impressionante. O Brasil entrou numa conjuntura bastante positiva. Por trás disso estão fatores como a inflação em queda, a aceleração do crescimento e a expectativa de controle da área fiscal. No relatório Focus desta segunda-feira (19/06), a mediana das projeções do mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023 foi de 5,42% para 5,12%.

No caso de 2024, passou de 4,04% para 4,00%. Além disso, o Focus passou a indicar algo que já vem sendo precificado na curva a termo nas últimas semanas: um corte de 0,25% da Selic a partir de agosto. Para completar, o relatório apontou um aumento da expectativa de crescimento do PIB em 2023, de 1,84% para 2,14%. Toda esta dinâmica, de inflação mais baixa e PIB maior, aliada a um fiscal melhor que o previsto, tem trazido um fluxo grande de capital para o Brasil. De fato, os dados mais recentes do Banco Central mostram que de janeiro a abril deste ano os estrangeiros aportaram no Brasil 22,713 bilhões de dólares líquidos, considerando investimentos diretos, em ações, títulos, depósitos e derivativos.

Neste cenário, o Goldman Sachs projeta um dólar a R$ 4,60 no horizonte de três meses e a R$ 4,40 em seis meses. Em função do feriado nos Estados Unidos nesta segunda-feira (19/06), a liquidez esteve menor no Brasil neste pregão. O recuo do dólar ante o Real ocorreu a despeito de, no exterior, a moeda norte-americana estar subindo ante a maior parte das divisas de países emergentes ou exportadores de commodities. O dólar também avançava ante uma cesta de moedas fortes. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,21%, a 102,510. No Brasil, o Banco Central vendeu 11.500 dos 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de agosto. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.