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20/Jun/2023

Focus aponta para melhora no cenário econômico

INFLAÇÃO

Sob olhares atentos do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, as estimativas para o IPCA (o índice oficial de inflação) têm novo recuo, graças a um conjunto de notícias favoráveis à descompressão inflacionária. A maior queda é na expectativa para o IPCA deste ano, e 5,42% para 5,12%, uma queda de 0,30% em apenas uma semana. Um mês antes, a projeção era de 5,80%. Para 2024, foco da política monetária, a projeção cedeu de forma modesta, de 4,04% para 4,00%. Há um mês, era de 4,13%. As expectativas de inflação têm caído em reação a um conjunto de notícias favoráveis.

Os dados correntes mostram que a desinflação está em curso, há deflação nos índices de atacado e a moeda brasileira tem se apreciado. Além disso, a alteração da perspectiva de rating do Brasil pela S&P reduz o prêmio de risco, assim como a melhora na percepção no debate fiscal e da meta de inflação. Na semana passada, ainda houve outra redução dos preços da gasolina nas refinarias. Apesar disso, a previsão para a inflação oficial em 2023 ainda está acima do teto da meta (4,75%), apontando para três anos de descumprimento do mandato principal do Banco Central, após 2021 e 2022.

Para 2024, a projeção supera o centro da meta (3,00%), mas está dentro do intervalo de tolerância superior, que vai até 4,50%. Para 2025, a previsão registra queda de 3,90% para 3,80%. Da mesma forma, há recuo na estimativa para 2026, de 3,88% para 3,80%. Há um mês, ambas as projeções eram de 4,00%. A meta para 2025 é de 3,00% (margem de 1,50% a 4,50%). Os economistas do mercado financeiro passaram a prever deflação no índice de inflação oficial de junho, após a surpresa desinflacionária com o dado de maio e nova queda no preço da gasolina nas refinarias. A projeção passou de alta de 0,20% para recuo de 0,04%. Há um mês, a expectativa era de aumento de 0,34%.

PIB

Há um salto na projeção de crescimento econômico para este ano, ainda repercutindo a força surpreendente demonstrada no dado do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre (1,9%). A projeção para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 subiu de 1,84% para 2,14%, contra 1,20% há um mês. Para 2024, há redução da estimativa de crescimento do PIB de 1,27% para 1,20%, contra 1,30% de um mês atrás. Em relação a 2025, a projeção continua em 1,80% ante 1,70% quatro semanas antes. Para 2026, a estimativa subiu de 1,95% para 1,99%, contra 1,80% há um mês.

JUROS

Na semana do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a expectativa para a taxa básica de juros no fim deste ano caiu após oito semanas de estabilidade, em meio à melhora do cenário inflacionário. A projeção para os juros básicos no fim de 2023 baixou de 12,50% para 12,25% ao ano. Para o término de 2024, a expectativa caiu de 10,00% para 9,50% após 17 semanas de manutenção. Há um mês, as estimativas eram de 12,50% e 10,00%, nessa ordem. A projeção para a Selic no fim de 2025 continua em 9,00%, mesma mediana de quatro semanas atrás. Para o fim de 2026, a projeção se mantém em 8,75%, repetindo o percentual de um mês antes.

DÓLAR

O cenário esperado para o câmbio brasileiro em 2023 e 2024 voltou a se apreciar, após uma semana favorável para a moeda brasileira e diante da melhora da perspectiva do rating brasileiro pela S&P. A estimativa para o câmbio este ano passou de R$ 5,10 para R$ 5,00, de R$ 5,15 há um mês. Para 2024, a mediana passou de R$ 5,17 para R$ 5,10, contra R$ 5,20 quatro semanas antes.

Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.