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16/Jun/2023

Alimentos: importação cairá em países mais pobres

Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o aumento dos custos dos alimentos e o menor poder de compra estão levando as pessoas a diminuírem o consumo em países de baixa renda. Com isso, é esperada uma queda de 1,5% na importação destes países em 2023. Para os países em desenvolvimento que são importadores de alimentos, as compras externas devem diminuir 4,9%. O dólar valorizado também é apontado como uma justificativa na queda, uma vez que isso desvaloriza as moedas locais e, consequentemente, diminui o poder de compra. O declínio nos volumes de importação de alimentos é preocupante em ambos os grupos, sugerindo uma baixa geral na capacidade de compra.

Essas preocupações são agravadas pelo fato de que os preços internacionais mais baixos para diversos produtos alimentícios primários não se traduziram, ou pelo menos não totalmente, em preços mais baixos no nível de varejo doméstico, o que sugere que as pressões sobre o custo de vida podem persistir em 2023. Durante a crise financeira de 2007 e 2008, o dólar mais fraco ajudou a mitigar os efeitos da recessão global sobre os consumidores mais pobres. No entanto, este ano, o oposto acontece, com a queda de mais de 10% nos preços globais do milho entre abril e setembro do ano passado, se traduzindo em uma queda de apenas 4,8% quando calculado nas moedas dos países importadores líquidos de alimentos.

No geral, a conta de importação de alimentos deve atingir um recorde de US$ 1,98 trilhão este ano, um aumento de 1,5% em relação ao ano anterior, impulsionado por maiores importações em países desenvolvidos. Em 2022, a conta aumentou 11%, com preços mais altos para frutas, legumes, açúcar e produtos lácteos, fazendo com que os consumidores reduzissem as compras em 2023. Os mercados globais de alimentos continuam vulneráveis a choques causados por eventos climáticos extremos, tensões geopolíticas, mudanças de políticas e desenvolvimentos em outros mercados de commodities. Esses choques podem desequilibrar o equilíbrio delicado entre oferta e demanda, levando a preocupações com a segurança alimentar e ao aumento dos custos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.