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16/Jun/2023

Desafios para implementar a pauta ESG no Brasil

A temática ESG (questões ambientais, sociais e de governança), apesar da transformação vivida na última década pelas corporações brasileiras, ainda precisa passar por um processo de maturação. O que não significa que não existam avanços e, principalmente, vários bons exemplos que podem até ser replicados em larga escala. O raciocínio serve para as mais variadas áreas, sejam elas de saúde, de mineração ou do varejo. Essa busca pela maturação, após pressão de investidores e consumidores, gera reflexo até mesmo nas salas de aula do ensino superior. Para a Fundação Getúlio Vargas (FGV), houve muitas mudanças na última década, a próxima década terá muito mais, pois é uma área em grande ebulição.

Além da FGV, instituições como o Insper também estão registrando um maior interesse no tema por parte dos alunos que saem da graduação ou até mesmo por pessoas que resolveram mudar o rumo da carreira e passar a fazer algo que deixe um legado maior para a sociedade e o planeta. No caso específico do setor privado, a Science Based Targets Initiative mostrou como muitas empresas espalhadas pelo mundo estão comprometidas, a partir de metas baseadas na ciência, em reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, pelo menos da porta para dentro. Mas, mesmo com números positivos, o horizonte para que o planeta consiga manter o aquecimento em 1,5°C em média está distante. Muito foi feito, mas é preciso fazer muito mais.

Para a Evolure Consultoria, não existe nada muito maduro hoje no Brasil. O que se observa são ações isoladas, sem gerar muito impacto positivo e sem conexões com algo maior. No setor privado, casos como o da Tetra Pak, que há 20 anos se preocupa com a cadeia de reciclagem no Brasil, ou da Iguá Saneamento, que busca focar de forma transversal a questão dos recursos hídricos, começam a gerar impactos positivos. Qualquer que seja o setor, público ou privado, desenhar metas no início do processo, e ter boas métricas para acompanhar os percursos é algo essencial. Além, claro, de o ESG passar a ser central em qualquer plano de negócios. Segundo a Pares Estratégia & Desenvolvimento, a questão cultural ainda é o grande desafio. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.