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14/Jun/2023

Dólar recua com expectativa sobre decisão do Fed

O dólar deu continuidade nesta terça-feira (13/06) ao movimento mais recente de queda ante o Real no Brasil, com as cotações reagindo a notícias sobre o estímulo econômico anunciado na China e sobre a desaceleração de preços nos Estados Unidos. O dólar fechou a R$ 4,86, com baixa de 0,12%. Esta é a menor cotação de fechamento desde o dia 6 de junho do ano passado, quando encerrou a R$ 4,79. No início da sessão, a moeda norte-americana reagia ao anúncio de que o Banco do Povo da China cortou sua taxa de recompra reversa de sete dias em 10 pontos-base, para 1,90%, injetando 2 bilhões de iuanes (279,97 milhões de dólares) no sistema. Foi a primeira redução desta taxa de empréstimo de curto prazo em dez meses, com o objetivo de restaurar a confiança do mercado e sustentar a recuperação do país no pós-pandemia. Como de costume, o estímulo anunciado pela China favoreceu as moedas de países exportadores de commodities, como o Real brasileiro, colocando o dólar em queda.

Esta tendência de baixa para o dólar foi amplificada quando o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos anunciou que o índice de preços ao consumidor (CPI) aumentou 0,1% em maio, depois de avançar 0,4% em abril. Nos 12 meses até maio, o índice subiu 4,0%, menor patamar nessa base de comparação desde março de 2021, após o aumento de 4,9% em abril. Os dados reforçaram a ideia de certa acomodação dos preços, o que abriria espaço para o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) interromper, pelo menos neste mês, o atual ciclo de alta dos juros nos Estados Unidos. Segundo a Commcor DTVM, o mercado esperava que o CPI podia mudar o cenário da decisão do Fed nesta quarta-feira (14/06), mas ele confirmou as expectativas de desaceleração da inflação. Assim, o CPI não estragou o rali recente da renda variável no exterior e garantiu a queda do dólar de forma geral nesta terça-feira (13/06). Os dados da China favoreceram moedas de exportadores de commodities e as próprias commodities. Na cotação mínima, a moeda norte-americana atingiu R$ 4,84. A máxima da sessão foi de R$ 4,88 (+0,24%), mas o mercado foi incapaz de sustentar uma alta para o dólar.

O dólar acabou retornando para o campo negativo, dando continuidade ao movimento mais recente de queda ante o Real, influenciado pelo exterior e com agentes do mercado retirando prêmios de risco das cotações em função do otimismo em torno do andamento do novo arcabouço fiscal no Brasil. Na reta final dos negócios, o dólar se reaproximou da estabilidade. Segundo o Banco Ourinvest, os dados de inflação nos Estados Unidos confirmaram as apostas de que o Fed deve manter os juros nesta quarta-feira (14/06). Por conta disso, houve a queda do dólar no início da sessão. Mas, o ambiente é de expectativa e cautela por conta da decisão do Fed. No exterior, a moeda norte-americana seguia em queda ante o dólar canadense, o peso chileno e o peso mexicano. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,29%, a 103,280. No Brasil, o Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de agosto. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.