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13/Jun/2023

Agronegócio e governo devem buscar conciliação

Não faz sentido a tensão que existe entre o agronegócio e determinados setores do governo federal. As eleições ficaram seis meses para trás, e se houve radicalização ideológica que produziu mágoas entre atores do processo eleitoral já passou da hora de limpar essas questões e olhar para o futuro. E por mais que lideranças dos dois lados insistam em pregar a paz e o fim das hostilidades, ainda tem gente jogando pedras sem necessidade, nos três poderes e na área privada.

Temos que ir em frente, uma vez que as dificuldades que o agro nacional terá que enfrentar lá fora, e isso já começou, estão aumentando, sobretudo em função de um neoprotecionismo crescente que busca retirar nossa competitividade natural. Desenvolvemos uma tecnologia tropical sustentável que nos garantiu a conquista de mercados em todos os continentes, mas que é contestada por quem perdeu esses mercados, usando argumentos legítimos, como a defesa do meio ambiente, para criar barreiras não tarifárias que aumentarão nossos custos de produção e, eventualmente, nos tirarão da competição.

O agronegócio brasileiro se transformou num setor florescente e vigoroso, gerador de empregos com tecnologia de ponta, de riquezas e renda para todos os nossos cidadãos, direta ou indiretamente, vivam eles nas cidades ou no campo. Sua participação no PIB é expressiva (passa de um quarto do total), seu saldo comercial enorme garante um superávit confortável que protege nossas reservas cambiais superiores a 300 bilhões de dólares, e reduz a inflação de alimentos aos nossos consumidores, representando 20% dos empregos totais. Não há como negar isso.

Nenhum governante em sã consciência destruiria este setor fantástico que motoriza o desenvolvimento do País, criador de uma poderosa indústria de insumos antes das porteiras das fazendas (fertilizantes, defensivos, sementes, máquinas e equipamentos) e a indústria de alimentos depois das porteiras, além de um gigantesco aparato na área de serviços, como crédito, seguros, logística, distribuição, transportes, assistência técnica, contratos, comércio, exportação, e tantos outros.

Então, para que manter o ódio aceso, a perturbar os avanços indispensáveis que manterão nossa condição de campeões de segurança alimentar? Chega de incêndio desnecessário e destruidor de futuro. Precisamos de "bombeiros" esclarecidos e patriotas, seja no Executivo, seja no Legislativo, seja no Poder Judiciário, seja na mídia, seja na sociedade civil, dispostos a exterminar as chamas estúpidas e reconstruir o Estado equilibrado que seja fraterno e pacífico, como é a índole do nosso povo. Quem se habilita? Fonte: Roberto Rodrigues. Broadcast Agro.