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12/Jun/2023

Dólar na menor cotação do ano com China no radar

Na sexta-feira (09/06), o dólar voltou a recuar ante o Real e atingiu o menor valor em um ano, após dados negativos da China elevarem a perspectiva de que o governo chinês poderá dar suporte à sua economia, o que é positivo para divisas de países como o Brasil. O dólar fechou a R$ 4,87, com baixa de 0,98%. Esta é a menor cotação de fechamento desde 7 de junho de 2022, quando encerrou a R$ 4,87. A Agência Nacional de Estatísticas da China informou que o índice de preços ao produtor de maio caiu pelo oitavo mês consecutivo, a uma taxa de 4,6%. Esse foi o maior declínio desde fevereiro de 2016 e maior do que a expectativa de queda de 4,3%.

O índice de preços ao consumidor subiu 0,2% em maio em relação ao ano anterior, abaixo da projeção de aumento de 0,3%. Enquanto a inflação tem demonstrado fraqueza na China, ela tem apertado a demanda por produtos nos Estados Unidos e na Europa. Assim, alguns analistas avaliam que o banco central chinês poderá cortar juros em sua reunião desta semana, para dar suporte à economia. Segundo a Remessa Online, diante dos diversos sinais de enfraquecimento da retomada da economia chinesa, o presidente do Banco Popular da China (PBoC) afirmou que a autoridade monetária local está preparada para ajudar a promover o emprego e a atividade econômica local.

Com isso, os preços de algumas commodities, como o minério de ferro, encontraram suporte na sexta-feira (09/06), assim como diversas moedas de países exportadores de matérias-primas, como o Real. O cenário induziu um parecer de que o Banco Central chinês poderá vir a cortar juros para melhorar a demanda. Algumas commodities foram impactadas e as divisas de países exportadores de commodities foram favorecidas. Para a Kínitro, a perspectiva de queda de juros no Brasil, como precificado na curva a termo na sexta-feira (09/06), não deveria ser favorável ao Real. No entanto, o ambiente para economias emergentes está mais positivo, o que justifica o movimento recente do câmbio.

Com a sexta-feira (09/06) espremida entre o feriado de Corpus Christi e o fim de semana, profissionais do mercado também citavam uma liquidez reduzida no Brasil, em especial nas operações comerciais do mercado à vista. Na prática, exportadores e importadores se mantiveram mais afastados dos negócios. O mercado futuro, no entanto, manteve um volume razoável de negócios, sendo que os investidores estrangeiros seguiram operando, com foco na rentabilidade dos ativos brasileiros, em especial na bolsa de valores. O dólar oscilou em baixa durante praticamente toda a sessão de sexta-feira (09/06) e, às 10h11, quebrou a barreira técnica dos R$ 4,90.

Como de costume, quando a divisa superou este importante ponto de referência, algumas ordens de stop (ordens de parada) foram disparadas, ampliando as perdas. Às 11h29, a moeda atingiu a mínima do dia, a R$ 4,85 (-1,40%). A partir daí, as cotações se recuperaram um pouco, mas ainda assim o dólar encerrou o em queda firme ante o Real. No exterior, a moeda mantinha perdas ante divisas como o rand sul-africano, o peso mexicano e o dólar australiano, mas subia ante uma cesta de divisas fortes. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,25%, a 103,580. No Brasil, o Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de julho. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.