ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

12/Jun/2023

El Niño pode ser mais intenso das últimas décadas

Um El Niño antecipado já está oficialmente formado. Deve ser forte, bagunçar o clima em todo o mundo e dar a uma Terra já em aquecimento um pouco mais de calor. A Administração Nacional de Atmosferas e Oceanos (NOAA) lançou um alerta no dia 8 de junho anunciando a formação do fenômeno climático. E ele deve ser levemente diferente dos anteriores. O El Niño é caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, o que acaba tendo influência no clima mundial, com impactos na temporada de furacões no Atlântico e de ciclones no Pacífico. Neste ano, o El Niño se formou pelo menos um mês antes do que costuma acontecer, o que dá ao fenômeno um pouco mais de tempo para crescer.

Com isso, segundo os especialistas, há 56% de chances de ser considerado forte e 25% de atingir proporções gigantescas, segundo o escritório de previsões climáticas El Niño/La Niña da NOAA. Com isso, existe a possibilidade de 2023 bater um novo recorde de ano mais quente dos registros, com temperaturas superiores às registradas em 1998 e 2016, anos especialmente quentes. A combinação do fenômeno climático especialmente intenso com a aceleração dos efeitos do aquecimento global seria responsável pelo recorde. Se este El Niño alcançar a categoria dos mais fortes será a recorrência mais curta do registro histórico, afirmou a Universidade de Brown (EUA).

Um intervalo tão curto entre dois El Niños especialmente fortes deixa as comunidades com menos tempo hábil para se recuperarem de danos a infraestrutura, agricultura e ecossistemas provocados pelo fenômeno. Pelos próximos meses, durante o inverno, o El Niño deve ser sentido mais fortemente no Hemisfério Sul. Entre os países mais atingidos estão Brasil, Colômbia e Venezuela, com previsões de secas intensas, bem como Índia e Indonésia. O fenômeno climático tem um custo alto à economia global. Segundo estimativas do Banco Mundial, o El Niño de 1997 e 1998 custou aos cofres públicos dos países mais atingidos US$ 45 bilhões (R$ 222 bilhões). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.