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07/Jun/2023

Consumidor pode compensar suas emissões de CO²

Em 2019, o profissional de investimentos Felipe Monteiro foi estudar na França e em Singapura, países com nível de conscientização sobre o impacto ambiental maior do que no Brasil. Com isso, passou a se preocupar com o reflexo que o seu estilo de vida tinha no mundo e decidiu compensar as suas emissões comprando créditos de carbono. Ele comprou para zerar sua pegada de carbono em 2020 e passou a fazer isso anualmente, na plataforma Moss (startup voltada a soluções ambientais com uso de blockchain). Apesar de acreditar na importância da atitude, ele reconhece que o impacto de uma única pessoa no mundo é bem pequeno. No entanto, isso não o impediu de fazer a compensação.

A atitude de Monteiro tem conquistado outros consumidores, que buscam no mercado alternativas para reduzir sua pegada de carbono. De olho nessa demanda, instituições têm criado ferramentas para calcular as emissões individuais. Com base nos cálculos, as pessoas compram uma quantidade de crédito de carbono, e esse dinheiro é destinado a algum produto ligado ao conjunto de políticas ESG, de meio ambiente, social e governança. Na prática, os recursos podem ir para algum projeto de reflorestamento, conservação de mata ou para a área social. Na Moss, apenas no primeiro ano de operação, US$ 13 milhões foram destinados à preservação da Amazônia.

Ou seja, é possível comprar um título e preservar um pedacinho da floresta. Cálculos apontam que cada pessoa gera por ano 7 toneladas de CO². A exemplo da Moss, companhias como o Bradesco, o C6 e a Ambipar também oferecem aos clientes alternativa de contribuir para a redução do aquecimento global. Cálculos apontam que cada brasileiro gera, em média, cerca de 7 toneladas anuais de CO² equivalente. Nessa conta, o custo para uma pessoa compensar suas emissões de carbono seria de R$ 1,4 mil ao ano. Na Ambipar, empresa de gestão ambiental, o site e um aplicativo chamado Ambify permitem a qualquer pessoa estimar a sua pegada de carbono e compensá-la pagando um valor convertido em créditos.

A cada 1 quilo de CO² emitido na atmosfera por atividades do dia a dia, como alimentação, deslocamento e custos de moradia, a empresa cobra R$ 0,20 para a compensação dos poluentes, que ocorre por meio de créditos de carbono. Os valores são doados a entidades parceiras, como Médicos Sem Fronteiras, Instituto Jô Clemente e Fundo Luz Alliance. Em uma iniciativa parecida, os bancos Bradesco e C6 também oferecem aos clientes formas de compensar parte da sua própria emissão. No programa do banco digital, direto do aplicativo, os correntistas (pessoas física e jurídica) podem calcular o seu gasto pessoal e gerar um extrato de carbono a ser compensado.

A ferramenta faz a análise utilizando as informações sobre os dados de transações bancárias como Pix, TED, pagamento de crédito e débito e o impacto que cada uma delas tem no ambiente. Conforme o C6, desde o lançamento do produto, os clientes já compensaram 965 toneladas de carbono. O C6 Bank não tem nenhum lucro com o extrato de carbono nem com a compensação. No caso do Bradesco, os correntistas também fazem a conta diretamente pelo aplicativo e podem pagar pelas suas emissões pessoais. Os recursos são destinados a projetos de conservação de biomas brasileiros e de preservação de florestas nativas do País. Assim como no concorrente, a gestão dos créditos é realizada pela Ambipar. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.