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06/Jun/2023

Plano de Descarbonização começa com 13 cadeias

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta segunda-feira (05/06) que o plano de descarbonização da agricultura, batizado de Carbono + Verde, começará com 13 cadeias produtivas, mas certamente será expandido para todo o setor produtivo, buscando o fortalecimento do setor em relação às boas práticas, para que possamos abrir mercados mais exigentes e valorizar o principal ativo, que é o clima. O programa tem como objetivo conferir credibilidade e transparência à produção primária da agropecuária de baixa emissão de carbono. Nos próximos 60 dias, a população pode colaborar e vai apresentar descarbonização, no início, para 13 cadeias produtivas. Na avaliação de Fávaro, o programa será um marco da descarbonização do setor produtivo e premiará produtores que adotem boas práticas ambientais. A maior parte dos produtores tem essas boas práticas e quer avançar.

O Carbono + Verde dará, num futuro próximo, a certificação para os produtores, a garantia de que possam buscar mercados mais exigentes e garantir oportunidades econômicas Fávaro destacou que o lançamento da consulta pública ocorre no Dia Internacional do Meio Ambiente como contribuição da pasta para a data. O presidente Lula tem demandado o resgate da credibilidade dos produtores brasileiros, na busca da produção sustentável e de mostrar ao mundo as boas práticas que o setor produtivo já faz. O ministro afirmou que será aplicado o rigor da lei sobre aqueles produtores que insistem em transgredir a lei e a não respeitar o meio ambiente. Alguns poucos, mas barulhentos, transgrediram o Código Florestal, insistiram em queimadas, em desmatamento ilegal, em invasões de terras públicas e indígenas. Isso tudo está sendo coibido com comando e controle e está sendo feito com competência pelo Ministério do Meio Ambiente, pela Funai e pelo Ministério da Justiça.

O Ministério da Agricultura classificou o plano de descarbonização da agropecuária brasileira como uma resposta técnica e transparente da agropecuária brasileira à pressão internacional e uma ferramenta para apresentar a credibilidade ambiental da produção rural. É um processo que busca a oportunidade de reconhecer que o produto vinha sendo feito em sistema descarbonizado e conseguir que isso seja valorizado, com a chancela do Estado. É também uma forma de responder à pressão externa com transparência. Está sendo produzido o arcabouço que terá transparência total. Será uma central de dados da produção de baixo carbono do Brasil. O programa vai começar voltado a 13 cadeias produtivas, mas esclareceu que os critérios valem para todo o setor produtivo. É um avanço, construído a partir de 13 anos de sucesso do Plano da Agricultura de Baixo Carbono, que está na segunda fase, o ABC+.

O ABC+ é um conjunto de tecnologias que conduzem o manejo brasileiro para um manejo mais sustentável e o Carbono + Verde traz agregação de valor ao produto. O prazo de 60 dias para consulta pública é um prazo internacional de transparência. Todas as sugestões serão respondidas e o lançamento do programa ocorrerá somente após a participação pública. O programa é coordenado pelo Ministério da Agricultura e construído em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e com a Embrapa. Com o MMA, a expectativa é de que o selo Carbono + Verde venha a ser um dos principais instrumentos de transparência das cadeias produtivas nacionais frente a alguns compromissos que o Brasil assumiu com a comunidade internacional e com questões de acesso a novos mercados.

O Carbono + Verde será um dos itens de transversalidade no Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) em relação à transparência e credibilidade das cadeias produtivas. A Embrapa trabalha em projetos com determinadas culturas para levantar as métricas de pegada de carbono em vários sistemas de produção. O diferencial será trabalhar em uma plataforma de cooperação científica. O programa vai mostrar a importância de trazer indicadores e orientar os produtores sobre como as tecnologias sustentáveis, desde sistema agroflorestal, a plantio direto e recuperação de pasto degradado podem agregar valor, melhorar o seu modelo de negócio e diminuir a desigualdade entre o pequeno, o médio produtor e o grande produtor. Será uma revolução. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.