02/Jun/2023

Com os consumidores à espera do corte nos impostos federais prometido pelo governo, o mercado de veículos perdeu ritmo no mês passado e voltou a mostrar queda em relação aos volumes de um ano atrás, quando havia restrições de oferta por conta da falta de componentes eletrônicos nas linhas de montagem. No total, maio fechou com 176,5 mil unidades vendidas, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. O número ficou 5,6% abaixo das vendas do mesmo mês de 2022.

Na comparação com abril, houve crescimento de 9,8%, mas a variação positiva se deve aos quatro dias a mais de venda do mês passado. A média diária, de 8 mil veículos na soma de todas as categorias, aponta retração de 10,1% no ritmo de vendas de um mês para o outro. O fraco desempenho de maio é explicado pela paralisia do mercado após o governo indicar que lançaria incentivos aos carros de entrada. Uma semana após o vice-presidente Geraldo Alckmin avisar que o governo anunciaria medidas para o setor, os emplacamentos de carros chegaram a recuar, no dia 22 de maio, para menos de 6 mil unidades.

Três dias depois, no Dia da Indústria (25/05), Alckmin confirmou que os carros que custam até R$ 120 mil terão descontos de 1,5% a 10,96%. O programa, porém, ainda não foi implementado, o que faz o consumidor adiar a compra. O crescimento das vendas desde o início do ano, que estava em 14,4% até abril, foi reduzido para 9,3%, com 809 mil veículos licenciados de janeiro a maio. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.