31/Mai/2023

O dólar emplacou nesta terça-feira (30/05) a segunda sessão consecutiva de alta ante o Real, após a inflação medida pelo IGP-M elevar a percepção de que a taxa básica Selic poderá começar a cair, enquanto nos Estados Unidos crescem as apostas de que os juros seguirão elevados e investidores seguem cautelosos quanto à tramitação no Congresso do acordo para ampliar o teto da dívida. O dólar fechou a R$ 5,04, com alta de 0,61%.

A moeda norte-americana avançou durante praticamente toda a sessão, repercutindo em parte os dados do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M). O indicador registrou deflação de 1,84% em maio, após ter recuado 0,95% em abril. Com o resultado, o dólar iniciou sua escalada ante o Real pouco depois da abertura, em meio à percepção de que, com índices de preços mais baixos, o Banco Central terá espaço nos próximos meses para iniciar o ciclo de cortes da taxa básica Selic, atualmente em 13,75% ao ano.

Em contrapartida, no exterior a percepção era de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) caminha para manter os juros em patamares mais elevados por mais tempo, em função da inflação. Na prática, o cenário que se desenha é de um diferencial de juros menor para o Brasil, o que torna o País menos atrativo aos investimentos externos. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.