26/Mai/2023

O impasse em torno da negociação sobre o teto da dívida dos Estados Unidos, que pode jogar a maior economia do mundo em um "default", fez os investidores buscarem a proteção do dólar nesta quinta-feira (25/05), o que abriu espaço para a moeda norte-americana fechar com forte alta ante o Real no Brasil, acima dos R$ 5,00. O dólar fechou a R$ 5,03, com alta de 1,65%. É a primeira vez que a moeda norte-americana termina uma sessão acima dos R$ 5,00 desde o dia 8 de maio, quando encerrou em R$ 5,01. O impasse em torno da negociação para ampliar o teto da dívida dos Estados Unidos conduziu os negócios desde cedo e fez o dólar, considerado um ‘porto-seguro’ pelos investidores, subir ante divisas como o Real, o dólar australiano e o dólar canadense. Segundo a Correparti Corretora, a negociação entre o governo dos Estados Unidos e os republicanos não evolui e o dia está chegando. Isso contribui para a valorização do dólar.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o principal parlamentar republicano, Kevin McCarthy, estão chegando perto de um acordo sobre o teto da dívida, com divisões em relação a apenas US$ 70 bilhões em gastos discricionários. Ainda assim, o dólar se manteve acelerado, tanto no exterior quanto no Brasil. Nos dias anteriores, em função do otimismo com a aprovação do novo arcabouço fiscal, o dólar havia recuado de forma significativa, em meio à desmontagem de posições compradas (no sentido de alta da divisa dos Estados Unidos). Agora, há um movimento inverso, de remontagem de posições. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,40%, a 104,250. No Brasil, o Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de julho. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.