ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

26/Mai/2023

Plano Safra 2023/2024 poderá ser mais robusto

Na visão do Ministério da Agricultura, a conjuntura atual do agronegócio exige Plano Safra mais robusto. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, solicitou ao Tesouro Nacional aproximadamente o mesmo montante de recursos para a equalização de juros que foi destinado no Plano Safra 2014/2015. Naquela temporada, o orçamento destinado à subvenção do crédito rural foi de R$ 11,6 bilhões. Segundo Fávaro, com a correção pela inflação, o montante seria o equivalente a R$ 18 bilhões atualmente. O ministro não quis especificou o número exato pedido à equipe econômica, mas ele tem sinalizado que serão necessários quase R$ 20 bilhões para a equalização do Plano Safra 2023/2024.

A proposta atual contempla mais recursos do que no Plano Safra 2022/2023. O setor produtivo pede cerca de R$ 25 bilhões para apoiar os financiamentos a partir de julho deste ano. O montante destinado ao Plano Safra em vigor até o fim de junho (2022/2023) foi de R$ 12,6 bilhões. O valor inclui o Pronaf, que atende a agricultura familiar, mas que hoje está a cargo do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Para médios e grandes produtores, sob responsabilidade do Ministério da Agricultura, a fatia é de R$ 3,8 bilhões na temporada atual, o que mostra a diferença para se chegar aos mais de R$ 18 bilhões pretendidos. O ministro mostrou na reunião as diferenças conjunturais da safra 2022/2023 e como esse cenário exige do governo um Plano Safra mais robusto.

A principal preocupação é com a queda nos preços das commodities. O ministro disse que, em momentos como este, é mais necessária a presença do Estado no apoio ao setor para não gerar reflexos negativos em toda a economia. Os últimos sete anos foram marcados pelos preços de commodities aquecidos, e se fazia menos necessária a presença do Estado. Hoje, há quedas bruscas dos preços, muitos deles já abaixo dos custos de produção. O ministro também criticou o Plano Safra em vigor, construído pela gestão passada, cujo orçamento para equalização deu sinais de esgotamento ainda em 2022. Foi um Plano Safra muito aquém da necessidade da agropecuária brasileira, talvez imperceptível porque os preços das commodities eram altos, o que não acontece nesse momento.

Se a agropecuária não estiver presente nos financiamentos, os reflexos não vão acontecer só dentro das propriedades, nas fazendas, mas venderá menos trator, menos máquinas e equipamentos, menos fertilizantes, e haverá retrocesso na economia brasileira. De acordo com o ministro, houve bom entendimento por parte do Ministério da Fazenda, que deve apresentar contraproposta em breve. Por fim, Fávaro afirmou que, paralelamente aos recursos do Tesouro, o Ministério da Agricultura vai intensificar soluções para que o mercado financie o agronegócio. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.