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26/Mai/2023

Atlas da Mata Atlântica: dados sobre desmatamento

A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) observaram o desflorestamento de 20,075 mil hectares do bioma tropical entre os meses de outubro de 2021 e de 2022. O resultado representa uma redução de 7% em relação ao detectado em igual período de 2020 a 2021 (21,642 mil hectares), mas a área desmatada é a segunda maior dos últimos seis anos e está 76% acima do dado mais baixo já registrado na série histórica, que foi de 11,399 mil hectares, entre 2017 e 2018. A área desmatada corresponde a cerca de 20 mil campos de futebol.

Como resultado, foram lançados 9,6 milhões de toneladas de CO² equivalente na atmosfera, segundo informações são do Atlas da Mata Atlântica, estudo realizado pela fundação e pelo Inpe desde 1989, com apoio técnico do software para inteligência de negócios Arcplan. Segundo a SOS Mata Atlântica, o desmatamento se mantém estável, porém, inaceitável para um bioma fortemente ameaçado e fundamental para garantir serviços ecossistêmicos. A Mata Atlântica abriga quase 70% da população nacional e responde por cerca de 80% da economia do Brasil, além de produzir 50% dos alimentos consumidos no País.

Cinco Estados do bioma acumulam 91% do desflorestamento: Minas Gerais (7.456 hectares), Bahia (5.719 hectares), Paraná (2.883 hectares), Mato Grosso do Sul (1.115 hectares) e Santa Catarina (1.041 hectares). Enquanto oito Estados registraram aumento (Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Sergipe), nove mostraram redução (Ceará, Goiânia, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo).

No que se refere aos municípios, dez concentram 30% do desmatamento total no período. Desses, cinco estão situados em Minas Gerais, um no Mato Grosso do Sul e quatro na Bahia. Apenas 0,9% das perdas se deram em áreas protegidas, enquanto 73% ocorreram em terras privadas. O dado reforça que florestas vêm sendo destruídas sobretudo para dar lugar a pastagens e culturas agrícolas. A especulação imobiliária, acima de tudo nas proximidades das grandes cidades e no litoral, também é apontada como outra das causas principais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.