25/Mai/2023

Representantes do setor cooperativista agropecuário brasileiro, entre eles a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), se reuniram, na terça-feira (23/05), com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para apresentar as reivindicações do setor para o Plano Safra 2023/2024, que começa oficialmente em 1º de julho. Foi reforçada a necessidade de manutenção da atual arquitetura da política de crédito agrícola para o próximo Plano Safra, além de defender a ampliação de recursos, para crédito rural, da ordem de R$ 410 bilhões, sendo R$ 125 bilhões para linhas de investimento e os outros R$ 285 bilhões para custeio.

Sob este aspecto, Campos Neto afirmou que fará todo o possível para assegurar recursos para o Plano Safra 2023/2024, desde que não gerem impacto para o controle da inflação. Outro pedido diz respeito à verba para subvenção ao prêmio do seguro rural. Neste caso, a OCB pleiteia R$ 2,5 bilhões em recursos para esta finalidade, assim como taxas de juros com percentuais abaixo de dois dígitos para todas as linhas do planejamento agrícola e pecuário. Em relação às exigibilidades, a OCB destacou a necessidade de elevação dos percentuais dos depósitos à vista, de 25% para 34%; da poupança rural, de 59% para 65%, e das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) de 35% para 60%, com isenção tributária.

Foi sugerido o aumento da exigibilidade adicional de 1,5% para 3% com a intenção de aumentar os recursos que são trabalhados com as taxas livres. Esta medida, com caráter temporário, tem por objetivo fortalecer as fontes de recursos em um momento de redução dos valores sujeitos a recolhimento. Além disso, o fortalecimento das cooperativas de crédito como meio de capilaridade, efetividade e instrumentalização para a política agrícola nacional também foi abordado durante a reunião, assim como a necessidade da regulamentação da Lei Complementar 196/22, que modernizou o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.