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24/Mai/2023

Ministério da Fazenda eleva projeção do PIB 2023

O Ministério da Fazenda aumentou o otimismo para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. Apesar do avanço nas projeções de instituições financeiras recentemente, o cenário do governo ainda aponta para um desempenho da atividade neste ano em um patamar bem superior ao do mercado. De acordo com a Secretaria de Política Econômica (SPE), a estimativa para a expansão da atividade em 2023 passou de 1,6% para 1,9%. A projeção anterior havia sido feita em março. As estimativas foram utilizadas na confecção do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas. De acordo com o Boletim Macrofiscal, o aumento reflete a divulgação de indicadores econômicos com resultados melhores do que os projetados para o primeiro trimestre e para o início do segundo trimestre. A SPE também revisou a projeção de crescimento para o PIB do 1º trimestre de 2023, 0,8% para 1,2%.

Isso ocorreu porque indicadores antecedentes para Agropecuária e Serviços sinalizam que a atividade expandiu acima do inicialmente projetado para o trimestre, se recuperando da retração observada no último trimestre de 2022. Destacam-se, nesse sentido, a LSPA, com aumento na previsão para a safra de grãos de 2023 de fevereiro a abril, as exportações de suínos e aves, que seguiram avançando frente à média dos últimos anos, o aumento do abate na comparação trimestral dessazonalizada, a variação do IBC-Br na comparação trimestral (2,4%) e interanual (3,9%), e a criação líquida de novos postos de trabalho em fevereiro e março, de acordo com dados do Caged. Para os anos seguintes, as projeções para o crescimento da economia tiveram atualização para alguns anos, e outros não. Para 2024, a estimativa se manteve em 2,3%. Para 2025 também houve manutenção, em 2,8%. Para 2026, a estimativa passou de 2,4% para 2,5%. E para 2027, a projeção foi atualizada de 2,5% para 2,6%.

A alta na previsão para o PIB de 2023 repercutiu, sobretudo, a revisão das projeções para o primeiro e segundo trimestre. A expectativa segue sendo de desaceleração mais acentuada da atividade no decorrer do ano, repercutindo o efeito da política monetária contracionista nas condições de crédito bancário e no mercado de capitais. Contudo, programas sociais prioritários, como o Bolsa Família, o Desenrola e o Minha Casa Minha Vida, e políticas para redução da desigualdade, como a de valorização do salário-mínimo, devem seguir desempenhando papel importante para garantir proteção às classes de menor renda. O Pronampe e o Peac-FGI foram reformulados para continuar auxiliando pequenas e médias empresas mais afetadas pelos altos juros, enquanto as medidas para tornar o mercado de capitais mais eficiente e para desburocratizar a emissão de debêntures tendem a auxiliar, em especial, a captação por parte das grandes empresas.

Especificamente para projetos prioritários de transformação ecológica e de inovação, os bancos públicos devem atuar de maneira mais ativa na concessão de crédito de forma a garantir o desenvolvimento a despeito do cenário conjuntural. De 2024 a 2027, a taxa de crescimento deve ficar entre 2,30% e 2,80% ao ano. A projeção de crescimento considera impactos positivos advindos de investimentos sustentáveis, que devem contribuir para a transformação ecológica, para a geração de empregos, para o aumento da intensidade tecnológica e da produtividade e para redução das desigualdades sociais e regionais. No último relatório Focus, os analistas de mercado consultados pelo Banco Central estimaram uma alta de 1,20% para o PIB de 2023. Para 2024, a estimativa no Focus é de alta de 1,30%. As estimativas de mercado para os anos de 2025 e 2026 estão em 1,70% e 1,80%, respectivamente. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.