24/Mai/2023

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que as taxas de juros do Plano Safra 2023/2024, que passará a vigorar em 1º de julho, serão convidativas. O ministro afirmou que ainda não é possível detalhar as cifras, mas reiterou que o Plano Safra será totalmente ancorado no Plano ABC+ (Agricultura de Baixo Carbono). Quem já tem Cadastro Ambiental Rural (CAR), quem já usa plantio direto como forma de conduzir sua lavoura, quem já faz inoculação biológica já vai acessar o Plano Safra com ofertas de taxas de juros reduzidas. O quanto será essa taxa de juros ainda está sendo debatido com a equipe econômica, mas será algo muito convidativo, apesar da taxa básica de juros tão elevada.

Atualmente, a Selic está definida pelo Banco Central em 13,75% ao ano. O ministro afirmou que todo o governo vem criticando a elevada taxa de juros no Brasil. Para ele, não é concebível a atual taxa de juros, com a inflação controlada e com as políticas públicas ordenadas. No entanto, o ministro reforçou que não é possível apenas ficar criticando. Ele ressaltou que a Agricultura já buscou alternativas considerando a captação de recursos dolarizados e que há, no mundo, recursos com taxas de juros mais baratas para o produtor rural. Foi feita uma experiência para ver se tinha palatabilidade, disse ele, referindo-se ao crédito de R$ 2 bilhões para a linha em dólar lançada junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Fávaro ressaltou que a linha não dependeu do Tesouro Nacional, dispensou intervenções do dinheiro público e foi um sucesso, com o investimento tomado em um único dia. Já foi dobrado o recurso da linha, para R$ 4 bilhões e o governo vai continuar buscando modernas linhas de crédito com a participação do mercado, sem precisar de intervenção de recurso público, para que o dinheiro que for necessário seja investido nos produtores que tenham, de fato, necessidade de recursos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.