23/Mai/2023
Os números da economia melhores do que o esperado estão levando bancos e consultorias a projetar um resultado mais positivo para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023. Se na virada do ano a expectativa era de um crescimento abaixo de 1%, as novas previsões estão migrando para uma faixa entre 1,5% e 2%. Divulgado na sexta-feira (19/05), o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), uma prévia do PIB, avançou 2,41% no primeiro trimestre, o terceiro maior ganho para o período na série histórica do Banco Central. Segundo o BNP Paribas, os dados, de maneira geral, mostram que a economia continua mais resiliente do que se imaginava.
O que mais puxou o resultado foi o desempenho agropecuário. A safra de 2023 deve totalizar um recorde de 302,1 milhões de toneladas, aumento de 14,8% ante 2022, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a MB Associados, o carro-chefe certamente será o PIB da agropecuária, com alta de 8,3% no trimestre e pouco mais de 6% na comparação com o quarto trimestre de 2022. Também cresceram acima do esperado os serviços e o varejo (em março, avançaram 0,9% e 0,8%, respectivamente).
Para a consultoria Tendências, o consumo veio mais forte do que se imaginava. Isso ocorreu pelo impacto da transferência social com o Bolsa Família, a resiliência do mercado de trabalho formal e a desaceleração da inflação. E, por fim, a economia global também está melhor do que o esperado, observa o C6 Bank. Os analistas ponderam que os efeitos dos juros altos e o fim dos efeitos agrícolas no PIB devem fazer com que o ritmo da atividade econômica nos próximos meses seja mais lento do que o do primeiro trimestre. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.