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18/Mai/2023

Plano Safra 2023/24: restrição de recursos preocupa

O Ministério da Agricultura alertou que os recursos previstos para compor o Plano Safra 2023/2024, provenientes de captações por depósitos à vista, poupança rural e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), não alcançam todo o Plano Safra da próxima temporada. Se não houver recursos condizentes com as dificuldades que estão sendo sinalizadas, haverá problemas. Entidades como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) solicitam que o Banco Central autorize a elevação dos percentuais de depósitos, poupança e LCA que vão para o crédito rural, de modo a liberar mais recursos para financiamentos do setor. O governo vem discutindo com o Banco Central a possibilidade de elevação dos percentuais de exigibilidade.

A proposta do Ministério da Agricultura para o montante a ser ofertado em crédito na próxima temporada vai na linha de R$ 400 bilhões solicitados pela CNA e pela OCB, que pedem R$ 410 bilhões. Entre 2014/2015 e 2022/2023, o custo de produção aumentou 167%, enquanto os recursos do orçamento destinados pelo governo para o setor caíram de cerca de R$ 200,00 por hectare para R$ 49,00 por hectare. Para o seguro rural, é necessário em 2023 ao menos mais R$ 1 bilhão para subvenção do prêmio pago por produtores. Para 2024, é preciso ao menos R$ 2 bilhões para seguro rural, para cobrir a mesma área de 2021. Mais do que nunca, será preciso do apoio da Câmara para tornar viável o Plano Safra 2023/2024.

A queda acentuada dos preços dos grãos, em especial do milho, exige recursos para viabilizar a comercialização do grão na próxima safra. Em alguns Estados, o preço do milho está próximo do Preço Mínimo. Será preciso recursos para alternativas como leilões de PEP e Pepro. Felizmente os instrumentos já existem. O próximo Plano Safra vai dar prioridade à inserção da agricultura de baixo carbono na atividade agropecuária, estimulando uma série de boas práticas, como manejo, recuperação de solo e de pastagens degradadas, uso de bioinsumos e outras. Estas e outras práticas serão estimuladas, seja via limite de crédito ou redução na taxa de juros. Inserir no Plano Safra a agricultura de baixo carbono é prioridade do ministério; o programa ABC é só uma parte dessa política. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.