ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

16/Mai/2023

Bolsa Família levará à redução da pobreza em 2023

Segundo cálculos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a ampliação de programas de transferências de renda em ano eleitoral e a melhora no mercado de trabalho reduziram em quase 11 milhões o número de brasileiros vivendo na pobreza no País no ano passado. A população em situação de pobreza extrema encolheu em 6,4 milhões. Com a remodelação do Bolsa Família neste ano, outros 3,67 milhões de pessoas deixarão a pobreza em 2023, enquanto 3,91 milhões sairão da situação de miséria. Em 2022, havia 69,17 milhões de brasileiros abaixo da linha de pobreza, o equivalente a 32,2% da população sobrevivendo com menos de R$ 22,35 por pessoa da família por dia. O resultado representa 10,83 milhões de pessoas a menos na pobreza em relação a 2021, quando o contingente sobrevivendo nessa situação tinha alcançado um ápice de 80 milhões.

O estudo tem como base os microdados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) 2022 - Rendimento de todas as fontes divulgada no dia 11 de maio pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2022, o Brasil viu uma diminuição notável na pobreza, retornando aos mínimos históricos de 2020. Isso foi atribuído a melhorias na focalização dos programas de assistência social, já que o Auxílio Brasil era mais focalizado que o Auxílio Emergencial e com mais orçamento que o Bolsa Família, e a uma redução na desigualdade do mercado de trabalho. Curiosamente, a renda média geral permaneceu abaixo dos níveis de 2019, mas a renda dos mais pobres aumentou significativamente, enquanto a dos mais ricos diminuiu. Após ter alcançado um pico em 2021, o contingente de miseráveis também recuou, de um total de 21,91 milhões de pessoas em 2021 para 15,51 milhões em 2022.

No entanto, o Brasil ainda tinha 7,2% da população estimada em 214,829 milhões de pessoas sobrevivendo em condições de miséria, com menos de R$ 7,02 por integrante da família por dia. Pelos critérios atualizados do Banco Mundial, a pobreza extrema é caracterizada por uma renda familiar per capita disponível inferior a US$ 2,15 por dia, o equivalente a um rendimento médio mensal de R$ 210,50 por pessoa em 2022, na conversão pelo método de Paridade de Poder de Compra (PPC), que não leva em conta a cotação da taxa de câmbio de mercado, mas o valor necessário para comprar a mesma quantidade de bens e serviços no mercado interno de cada país em comparação com o mercado nos Estados Unidos. Já a população que vive abaixo da linha de pobreza é aquela com renda disponível inferior a US$ 6,85 por dia, o equivalente a R$ 670,60 mensais por pessoa em 2022.

O redesenho do Bolsa Família pelo novo governo deve levar a uma nova redução na pobreza em 2023. Se confirmadas as projeções, a fatia da população vivendo em situação de pobreza descerá a 30,5% em 2023, para um montante próximo a 65,5 milhões de indivíduos, enquanto o total na extrema pobreza será reduzido a 5,4%, para cerca de 11,6 milhões de pessoas. Em 2023 deve ter uma nova redução da pobreza, a incógnita mesmo é 2024 para frente. Basicamente por causa do Bolsa Família, que criou o benefício de R$ 150,00 por criança até 6 anos, que são as mais vulneráveis à pobreza, R$ 50,00 por criança/adolescente de 7 a 18 anos, e o benefício de superação à extrema pobreza de R$ 142,00. São benefícios que são muito efetivos em combater pobreza, bem mais que o benefício básico de R$ 600,00. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.