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12/Mai/2023

Dólar em baixa com o diferencial de juros no Brasil

Após ter se mantido em alta durante boa parte da sessão, o dólar fechou em baixa ante o Real nesta quinta-feira (11/05), pelo terceiro dia consecutivo, com a moeda brasileira sendo favorecida pelo diferencial de juros do país em relação ao exterior e pelo fluxo de investidores para a bolsa. O dólar fechou a R$ 4,93, com queda de 0,25%. No início da sessão, a moeda norte-americana se sustentava em alta ante o Real em sintonia com o exterior, onde a divisa dos Estados Unidos também subia ante outras moedas de exportadores de commodities. O movimento era justificado por dados considerados ruins vindos da China: os preços ao consumidor subiram no ritmo mais lento em mais de dois anos em abril, enquanto a deflação nos portões das fábricas se aprofundou. Neste cenário, moedas de exportadores de commodities, como o Real brasileiro e o peso chileno, eram penalizadas.

Porém, a moeda norte-americana virou para o território negativo no Brasil, em meio a um movimento de busca por ações na bolsa de valores e com investidores enxergando o País como um bom destino para seus recursos, considerando a taxa de juros interna em relação ao exterior. A FB Capital pontuou que o Real se descolou do exterior, em meio à busca por ações na bolsa e a uma pressão vendedora de moeda no mercado futuro de dólar, o mais líquido e, no limite, o que conduz as cotações no mercado à vista brasileiro. Novamente, o diferencial de juros no Brasil em relação aos Estados Unidos foi um dos motivos citados para que a moeda norte-americana se mantenha em patamares mais baixos no período recente, pouco acima ou abaixo dos R$ 5,00. Profissionais também citavam a expectativa positiva em relação à tramitação do novo arcabouço fiscal no Congresso.

Uma parcela do mercado acredita que os parlamentares vão aperfeiçoar o texto, em especial quanto ao “enforcement”, que diz respeito às punições aplicadas caso o governo não cumpra a meta fiscal. O relator do projeto, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), sinalizou que poderá atrasar a entrega do parecer, em meio à pressão da oposição, de nomes da base governista e de consultorias técnicas da Câmara para incluir no arcabouço normas mais duras de ajuste nas contas públicas. No exterior, porém, o dólar seguia em alta ante outras divisas. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,66%, a 102,080. O Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de junho. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.