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12/Mai/2023

Inadimplência preocupa o setor bancário do Brasil

Os três maiores bancos privados do País observaram, no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 18,3% no lucro líquido combinado, para R$ 14,855 bilhões. As tendências divergiram, mas tanto Santander Brasil e Bradesco, mais afetados pela aceleração da inadimplência no último ano, quanto o Itaú Unibanco, que registrou um lucro mais alto no período, mantêm cautela nas concessões, e observam desaceleração na demanda das empresas por crédito. No Itaú, o segmento de pessoas físicas teve inadimplência estável entre o quarto trimestre de 2022 e o primeiro trimestre deste ano, algo que ainda não aconteceu nos casos dos dois concorrentes. O maior banco da América Latina, porém, continua cauteloso.

A carteira de crédito deve continuar desacelerando ao longo do ano. A expectativa é de uma certa manutenção dos índices de atraso nos próximos trimestres, talvez com uma variação de 10 pontos-base para cima ou para baixo. O Santander Brasil afirmou que continuará buscando clientes e produtos mais seguros, ainda que isso signifique, no curto prazo, menor rentabilidade. Não se espera alterar o apetite de risco do banco até o ano que vem. Em um cenário de juros ainda altos, o Itaú também continua com a estratégia de conceder crédito a clientes que já conhece, em geral correntistas do banco.

É uma troca de crescimento por qualidade. Tática parecida é vista no Bradesco, que verificou uma piora mais acentuada da inadimplência ao longo do último ano e que, dos três, tem o índice mais alto, em 5,1% da carteira considerando os atrasos acima de 90 dias. Há um apetite grande de crescimento em cartão de crédito para o público, de alta renda. As percepções dos três bancos sobre a inadimplência no segmento de pessoas físicas, porém, divergem: enquanto o Itaú acredita que esse pico chegou, o Bradesco acredita que virá no segundo trimestre, e o Santander evita cravar quando acontecerá. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.