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08/Mai/2023

Dólar recua acompanhando o movimento externo

Os dados positivos do mercado de trabalho norte-americano trouxeram otimismo para os mercados globais, abrindo espaço para a queda firme do dólar ante o Real na sexta-feira (05/05), em sintonia com o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas de países emergentes e exportadores de commodities. O dólar fechou a R$ 4,94, em baixa de 0,97%, na menor cotação de encerramento desde 17 de abril, quando havia marcado R$ 4,93. Foi o terceiro dia consecutivo em que a moeda norte-americana se manteve abaixo da linha psicológica de R$ 5,00. Na semana passada, o dólar acumulou queda de 0,91%. No início da sessão, o dólar chegou a sustentar ganhos ante o Real, com investidores à espera do payroll, o relatório de emprego privado dos Estados Unidos. De acordo com o Departamento do Trabalho, a economia dos Estados Unidos abriu 253.000 postos de trabalho fora do setor agrícola no mês passado, acima das 180.000 vagas projetadas por economistas.

O salário médio por hora subiu 0,5%, após avançar 0,3% em março. Pouco depois da divulgação dos dados, considerados positivos, a moeda norte-americana passou definitivamente para o território negativo e foi acelerando as perdas. Por trás do movimento estava a percepção de que, embora o mercado de trabalho aquecido possa sugerir taxas de juros elevadas por mais tempo nos Estados Unidos, o que favorece o dólar, os dados positivos reduzem o risco de recessão na maior economia do mundo. Resultados corporativos fortes, como no caso da Apple, e a alta das commodities completaram o quadro externo positivo. Neste cenário, os investidores globais foram em busca de ativos de maior risco, como o Real brasileiro, o peso chileno e o peso mexicano, em detrimento do dólar norte-americano. Segundo a Wagner Investimentos, o payroll trouxe dados mostrando reajustes maiores de salários e desemprego em queda, o que foi positivo. A alta do petróleo também ajudou as moedas commodities, e o dólar Index (dólar ante uma cesta de moedas) devolveu (preço), porque está havendo certa redução da aversão ao risco.

Se nos últimos dias os investidores deram preferência a ativos mais seguros em função dos receios com possível recessão nos Estados Unidos e com a turbulência no setor de crédito, na sexta-feira (05/05) a busca foi pelo risco após os dados de emprego e os balanços corporativos. Para a Commcor DTVM, o cenário é surpreendentemente animador. Os dados de emprego nos Estados Unidos vieram bons, o que dá segurança para o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) manter os juros altos mais tempo. Em tese, isso dá força ao dólar. Mas, o mercado mostrou alívio em relação à possibilidade de recessão no país. No exterior, o dólar mantinha perdas ante outras divisas de exportadores de commodities e leve baixa ante uma cesta de moedas. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,08%, a 101,260. O Banco Central vendeu 13.900 do total de 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de junho. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.