05/Mai/2023

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, fez um aceno ao agronegócio no relançamento do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, o Conselhão, nesta quinta-feira (04/05). A escalação do grupo inclui o presidente da Cosan, Rubens Ometto, e Eraí Maggi, empresário do ramo da soja. E Ayala Ferreira, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. No Conselhão atual, há uma presença maior do que nas edições anteriores de empresas do agronegócio.

Isso aconteceu porque a economia brasileira mudou em relação ao que era nos primeiros governos Lula, daí a maior representatividade. Também estão presentes representantes da agricultura familiar, movimentos sociais e outros segmentos do campo. Na última semana, o governo teve um momento de estresse com o agronegócio. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, deixou de ir à Agrishow, uma das principais feiras do setor, depois de a organização do evento pedir que ele não fosse à abertura para não se encontrar com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Também houve desentendimento com o MST nos primeiros meses de governo. Em abril, o movimento, aliado histórico do PT, realizou invasões de terra que causaram desgaste ao governo. O Conselhão é um fórum organizado por Lula em seu primeiro governo para ouvir setores da sociedade de dentro e fora de seu campo político e, assim, reduzir o desgaste do governo com esses segmentos. O órgão ficou desativado por anos depois do fim dos governos petistas. A Sociedade Rural Brasileira (SRB) pediu o fim da polarização política que impede o desenvolvimento de algumas pautas do setor agro.

A entidade fez alguns pedidos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o agronegócio. A pauta prioritária é a segurança jurídica no campo. Há desafios, como a questão indígena e regularização fundiária e ambiental. Para a SRB, a polarização política, que atingiu o agronegócio na disputa eleitoral entre Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro está impedindo o desenvolvimento de algumas pautas. É preciso diálogo em que o respeito mútuo permaneça. É preciso contar com a liderança do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do vice Geraldo Alckmin. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.