ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

05/Mai/2023

Brasil: perfil das emissões difere do resto do mundo

O perfil brasileiro de emissões de gases de efeito estufa é diferente do resto do mundo. A maior parte (76%) entre 2000 e 2020 deriva de mudanças no uso do solo, o que inclui desmatamento e agricultura. Globalmente, esse índice é de 18%. De outro lado, a energia do País é considerada limpa, pois quase metade da que é produzida no Brasil vem de fontes renováveis, em contraste com a média de 15% a 27% no resto do mundo. Segundo o Banco Mundial, o Brasil é um grande emissor de gases de efeito estufa não porque usa combustíveis sujos, mas porque continua cortando florestas para extrair madeira e expandir a agricultura.

Com 21% da Floresta Amazônica já cortada, o restante está se aproximando rapidamente de um ponto crítico, além do qual seu ciclo vital será irreparavelmente interrompido. Isso terá impactos devastadores em toda a América Latina e particularmente para o Brasil. O relatório considera que um possível ponto de inflexão na Amazônia teria impacto sobre o PIB acumulado do Brasil até 2050 de aproximadamente R$ 920 bilhões. O estudo sustenta que o custo de apostar em energia limpa, no Brasil, é equivalente ao de usar combustíveis fósseis.

As despesas de investimento iniciais, porém, seriam mais altas para geração, transmissão e armazenamento. Na leitura dos pesquisadores, isso seria totalmente compensado por economias em termos de combustível e operações. O País deve aproveitar sua vantagem em energia renovável para se tornar potência de energia limpa ao mesmo tempo em que implementa um plano para proteger a Floresta Amazônica. Com isso, o Brasil poderia atingir a meta de acabar com o desmatamento ilegal em 2028 e alcançar o desmatamento líquido zero em 2050 sem comprometer o desenvolvimento da região. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.