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03/Mai/2023

Brasil e Argentina discutem crédito para exportação

Segundo o Ministério da Fazenda, Brasil e Argentina discutem a criação de uma linha de crédito de exportação entre ambos os países. O risco da modalidade está atrelado à conversibilidade da moeda, especialmente por envolver o dólar. A demanda pelos produtos existe, o problema é a conversibilidade da moeda. O empresário vai vender em pesos na Argentina, quando tiver que pagar o financiamento, pode acontecer um problema de conversibilidade. Há dúvidas se o volume de pesos aferidos ao converter para Real vai ser suficiente para pagar a dívida. A complexidade dessa estrutura envolve um problema de conversibilidade em um comércio realizado hoje por uma moeda de um terceiro país, os Estados Unidos, que não participa dessa relação.

Hoje, existe comércio entre Brasil e Argentina que é feito por uma moeda de um terceiro País, não participante desse comércio, e a política monetária desse país afeta a disponibilidade dessa moeda para realização desse comércio. As linhas de exportação são financiamentos que pagam diretamente as empresas brasileiros que vendem serviços e mercadorias para empresas argentinas e são relevantes dada a restrição de balanço de pagamento que ocorre no país vizinho, que enfrenta uma grave crise econômica. Existem, hoje, cerca de 210 empresas brasileiras que comercializam com a Argentina. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desempenha um papel essencial no processo dessas linhas de exportação, com governança do ponto de vista de garantias e exigências que precisam ser cumpridas.

Tem ocorrido um diálogo com bancos multilaterais sobre a situação da Argentina e o banco dos Brics tem um peso adicional, já que envolve a China, principal parceiro comercial que tem alta musculatura de participação econômica. A Argentina é um importante parceiro comercial, especialmente por importar produtos industriais e de alto valor agregado. Houve uma perda de aproximadamente U$ 6 bilhões de espaço no comércio com o país vizinho diante da entrada da China nos últimos cinco anos. A China vem viabilizando mecanismos de financiamento em alternativa a meios de pagamento. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.