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02/Mai/2023

Desemprego cai no trimestre encerrado em março

De acordo com os dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil ficou em 8,8% no trimestre encerrado em março. Em igual período de 2022, a taxa de desemprego estava em 11,2%. No trimestre móvel até fevereiro, a taxa de desocupação estava em 8,6%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.880,00 no trimestre encerrado em março. O resultado representa alta de 7,4% em relação ao mesmo trimestre de 2022. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 277,194 bilhões no trimestre encerrado em março, alta de 10,8% ante igual período do ano passado. O País registrou um fechamento de 1,545 milhão de vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre, A população ocupada ficou em 97,825 milhões de pessoas no trimestre encerrado em março. Em um ano, esse contingente aumentou em 2,55 milhões de pessoas. A população desocupada aumentou em 860 mil pessoas em um trimestre, totalizando 9,432 milhões de desempregados no trimestre até março.

Em um ano, 2,517 milhões de pessoas deixaram o desemprego. A população inativa somou 66,972 milhões de pessoas no trimestre encerrado em março, 1,069 milhão de inativos a mais que no trimestre anterior. Em um ano, houve aumento de 1,518 milhão de pessoas. O Brasil registrou 3,871 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em março. O resultado significa 125 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em dezembro, um recuo de 3,1%. Em um ano, 723 mil pessoas deixaram a situação de desalento, baixa de 15,7%. A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial. A taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 5,1% no trimestre até março, ante 5,5% no trimestre até dezembro.

Em todo o Brasil, há 5,013 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas. O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior. Na passagem do trimestre até dezembro para o trimestre até março, houve um recuo de 416 mil pessoas na população nessa condição. O País tem 1,496 milhão de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas a menos em um ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) saiu de em 57,2% no trimestre até dezembro de 2022 para 56,1% no trimestre até março de 2023. No trimestre terminado em março de 2022, o nível da ocupação era de 55,2%. No trimestre terminado em março, faltou trabalho para 21,575 milhões de pessoas no País. A taxa composta de subutilização da força de trabalho subiu de 18,5% no trimestre até dezembro de 2022 para 18,9% no trimestre até março de 2023. O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar.

No trimestre até março de 2022, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 23,2%. A população subutilizada subiu 1,3% ante o trimestre até dezembro, 270 mil pessoas a mais. Em relação ao trimestre até março de 2022, houve um recuo de 19,5%, menos 5,237 milhões de pessoas. O trimestre encerrado em março mostrou uma extinção de 170 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em dezembro. Na comparação com o mesmo trimestre de 2022, 1,814 milhão de vagas foram criadas no setor privado. O total de pessoas com carteira assinada no setor privado foi de 36,688 milhões de trabalhadores no trimestre até março, enquanto os sem carteira assinada somaram 12,806 milhões de pessoas, 430 mil a menos do que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até março de 2022, foram criadas 590 mil vagas sem carteira no setor privado. O trabalho por conta própria perdeu 275 mil pessoas em um trimestre, para um total de 25,193 milhões de trabalhadores. O resultado representa 90 mil pessoas a menos trabalhando nesta condição na comparação com o mesmo período do ano anterior.

O número de empregadores diminuiu em 91 mil em um trimestre, para 4,158 milhões de pessoas. Em relação a março de 2022, o total de empregadores é 1,5% superior, número que representa um aumento de 62 mil empregadores. O País teve uma queda de 136 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,698 milhões de pessoas. O resultado representa alta de 90 mil trabalhadores ante o mesmo trimestre do ano anterior. O setor público teve 345 mil pessoas a menos no trimestre terminado em março ante o trimestre encerrado em dezembro, para um total de 11,785 milhões de ocupados. Na comparação com o trimestre até março de 2022, foram abertas 522 mil vagas. O País registrou uma taxa de informalidade de 39% no mercado de trabalho no trimestre até março. O Brasil tinha 38,118 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período. Em um trimestre, menos 436 mil pessoas atuaram como trabalhadores informais. Foram fechadas 1,545 milhão de vagas no mercado de trabalho como um todo no período. Sete das dez atividades econômicas registraram demissões no trimestre encerrado em março.

Na passagem do trimestre terminado em dezembro de 2022 para o trimestre encerrado em março de 2023, houve geração de vagas apenas em transporte e armazenagem (34 mil), alojamento e alimentação (55 mil) e informação, comunicação e atividades financeiras, profissionais e administrativas (81 mil). As demissões ocorreram na indústria (-245 mil), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-415 mil), construção (-215 mil), outros serviços (-231 mil), comércio (-294 mil), serviços domésticos (-134 mil) e agricultura (-201 mil). Em relação ao patamar de um ano antes, as únicas atividades com perdas foram a agricultura, que demitiu 456 mil trabalhadores, e a construção, que dispensou 61 mil pessoas. Os demais setores contrataram: administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (815 mil trabalhadores a mais), comércio (552 mil), alojamento e alimentação (93 mil), serviços domésticos (70 mil), indústria (262 mil), informação, comunicação e atividades financeiras (673 mil), transporte (396 mil) e outros serviços (215 mil). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.