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26/Abr/2023

Confiança do Consumidor cai em abril ante março

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a confiança do consumidor caiu 0,2 ponto em abril ante março, na série com ajuste sazonal. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 86,8 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 0,3 ponto, após quatro meses seguidos de quedas. A confiança dos consumidores acomodou em abril em patamar considerado baixo em termos históricos. Assim como no mês anterior, a heterogeneidade dos resultados torna difícil uma sinalização mais clara sobre as perspectivas futuras. Há um aumento do pessimismo das famílias com renda familiar mais baixa e redução para as famílias de maior poder aquisitivo. Esse cenário pode estar relacionado ainda a um alto endividamento das famílias, principalmente de menor renda, junto com um aumento das perspectivas de inflação para os próximos meses e dificuldade de acesso ao crédito.

Ainda que o novo arcabouço fiscal tenha sido apresentado, isso está gerando incerteza, o que afeta as decisões no curto prazo. Em abril, o Índice de Situação Atual (ISA) avançou 0,1 ponto, para 72,1 pontos. O Índice de Expectativas (IE) caiu 0,4 ponto, para 97,6 pontos. O componente que mede intenção de compras de bens duráveis foi o que mais influenciou a queda do índice de confiança em abril, com redução de 4,3 pontos, para 80,5 pontos, perdendo 55% dos ganhos obtidos no mês anterior, principalmente nas faixas de renda mais baixas. O item que mede as perspectivas sobre a situação futura da economia recuou 0,4 ponto, para 112,4 pontos. Por outro lado, as perspectivas sobre a situação financeira futura da família tiveram alta de 3,5 pontos, para 100,1 pontos. Nas avaliações sobre o momento atual, a percepção dos consumidores sobre a situação financeira das famílias caiu 0,5 ponto, para 63,6 pontos.

A avaliação sobre a situação econômica atual avançou 0,7 ponto, para 81,1 pontos. A análise por faixa de renda mostra resultados heterogêneos entre os níveis de renda. A queda da confiança em abril foi puxada pela piora entre os consumidores com renda familiar abaixo de R$ 2.100,00 mensais, recuo de 7,9 pontos, e no grupo que recebe de R$ 2.100,01 a R$ 4.800,00, redução de 1,1 ponto. O grupo com renda familiar entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00 registrou aumentou de 1,2 ponto na confiança. Entre as famílias com renda mensal acima de R$ 9.600,01, houve alta de 2,8 pontos. O avanço é resultado da melhora nas expectativas para os próximos meses, acompanhada de relativa estabilidade na percepção da situação atual. A Sondagem do Consumidor coletou entrevistas entre os dias 1 e 19 de abril. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.