18/Abr/2023

Segundo o Rabobank Brasil, a relevância do mercado de capitais para o agronegócio aumentou nos últimos dois ou três anos, puxada pela Selic mais baixa. Os investidores estavam buscando maiores retornos e abertos a correr riscos não tão tradicionais de investimentos. Em 2020, foram emitidos certificados de recebíveis do agronegócio (CRAS), principal instrumento de mercado de capitais para o agro, em um total de R$ 15 bilhões, de R$ 25 bilhões em 2021 e de R$ 42 bilhões em 2022; alta de 180% entre 2020 e 2022.

Todo esse aquecimento do mercado, impulsionado pela queda de juros e maior apetite ao risco, beneficiou as emissões do setor. Esses CRAS estavam saindo com prazo de cinco e 10 anos, com baixa garantia e preços mais competitivos que o mercado bancário estava oferecendo. Outra novidade muito boa para o setor, em meados de 2021, foi a entrada de fundos de investimento dedicados ao agro (Fiagros). Assim como para o CRA, os cotistas dos Fiagros também são beneficiados com a isenção de imposto de renda sobre a receita financeira, já que ajudam no desenvolvimento do setor.

Este segmento representa R$ 10 bilhões sob gestão, com 45 fundos ativos. O setor tem crescido, com uma importante representatividade na economia brasileira, de 25% a 27% do PIB. O bom comportamento dos preços da maioria das commodities e as boas margens é um dos motivos. O agro chamou atenção dos investidores, pessoas físicas, principalmente, para aumentar seus investimentos nos CRAS. Tais investimentos proporcionam benefício fiscal para os investidores. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.