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18/Abr/2023

Preços agropecuários estão recuando no atacado

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), os preços agropecuários caíram 1,93% no atacado em abril, após uma alta de 0,57% em março, dentro do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10). Os preços dos produtos industriais tiveram queda de 0,57% este mês, depois do recuo de 0,32% no atacado em março. Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram alta de 0,51% em abril, ante uma elevação de 0,31% em março. Os preços dos bens intermediários caíram 1,59% em abril, após recuo de 1,25% no mês anterior. Os preços das matérias-primas brutas recuaram 1,62% em abril, depois da alta de 0,88% em março. O recuo nos preços do atacado de commodities como soja, milho e café puxaram a já esperada deflação no Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) de abril.

O indicador registrou em uma queda de 0,58%. A queda de 0,96% nos preços ao produtor medidos pelo IPA-10 foi a responsável pela deflação no indicador agregado. O índice ao produtor foi o único componente do IGP-10 a apresentar queda. Contribuíram para este movimento importantes commodities. Os preços médios da soja no atacado caíram 7,63% no IGP-10 de abril, ante recuo de 2,45% em março. O farelo de soja ficou 10,72% mais barato em abril, ante a queda de 1,94% registrada na leitura de março. A queda do milho passou de 0,94% em março para 2,61% em abril, enquanto a taxa de variação nos preços do café foi de 8,36% em março para -3,28% na leitura de abril. O alívio no IPA-10 teve ainda a contribuição do minério de ferro, que não registrou queda em abril, mas desacelerou para uma alta de 0,58%, ante o salto de 4,11% registrado em março.

A deflação ao produtor só não foi mais intensa porque alguns itens ficaram mais caros, como bovinos (que passaram de uma queda de 2,66% em março para uma alta de 1,30% em abril) e o arroz em casca (de -0,96% para 0,29%). Apesar do alívio no atacado, o IGP-10 de abril mostrou aceleração na inflação ao consumidor. O IPC-10 avançou 0,57%, ante 0,47% em março. A principal vilã foi a gasolina, com alta de 5,87%. No geral, três das oito classes de despesa componentes do IPC-10 registraram acréscimo em suas taxas de variação, na passagem de março para abril: Transportes (1,24% para 1,86%), Alimentação (0,0% para 0,15%) e Vestuário (0,25% para 0,45%). Outra vilã da inflação ao consumidor foram as roupas, que ficaram 0,57% mais caras, ante uma alta de 0,21% em março. A tarifa da conta de luz ficou 2,56% mais cara, ante uma alta de 0,73% em março.

No caso da alimentação, apesar da aceleração, o cenário ainda é de alívio. O item “hortaliças e legumes” ainda teve deflação, de 2,06%, só que ela foi menos intensa do que a registrada no IPC-10 de março, quando houve recuo de 5,0%. Com as pressões inflacionárias concentradas nos combustíveis, as famílias sentiram alívio nos preços dos grupos Educação, Leitura e Recreação (de -1,04% em março para -1,37% em abril), Comunicação (0,52% para 0,12%), Habitação (0,81% para 0,78%), Despesas Diversas (0,18% para 0,15%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,87% para 0,86%). No setor da construção civil, a alta de 0,22% no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) foi puxada pela mão de obra. Na passagem de março para abril, o componente Materiais e Equipamentos saiu de -0,05% para -0,14%, os Serviços aceleraram de 0,89% para 1,07% e a Mão de Obra passou de 0,14% para 0,38%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.