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18/Abr/2023

G7: reunião de ministros discute estratégia climática

Os ministros de energia e meio ambiente do G7 se reuniram no sábado (15/04) no Japão, buscando conciliar a forte dependência mundial de combustíveis fósseis com a urgência de acabar com as emissões de carbono para evitar as piores consequências das mudanças climáticas. As reuniões visam forjar um consenso sobre o melhor caminho a seguir, antes da cúpula de líderes G7 em Hiroshima, em maio. Os países estão enfrentando o desafio de promover reformas para resolver a mudança climática e alcançar a segurança energética ao mesmo tempo. O enviado presidencial dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, disse que o G7 está poderosamente posicionado para liderar no esforço de conter o aquecimento global. Mas, persistem diferenças sobre como e com que rapidez acabar com as emissões de carbono, especialmente em um momento em que a guerra na Ucrânia aprofundou as preocupações com a segurança energética, complicando esse esforço.

As conversas também se concentraram na perda de biodiversidade e outros desafios globais. Mas, a mudança climática está no topo da agenda das reuniões a portas fechadas. Na cúpula do G7 no ano passado, na Alemanha, os países estabeleceram uma meta comum de alcançar um fornecimento de eletricidade totalmente ou predominantemente descarbonizado até 2035. Os ministros de Energia e Meio Ambiente do G7 concordaram em acelerar a transição para uma energia mais limpa e renovável. Eles não definiram uma data para a desativação gradual das usinas movidas a carvão, mesmo após dois dias de reuniões. Os líderes emitiram um documento de 36 páginas para detalhar seus compromissos, preparado antes da cúpula do G7, em maio. O Japão ganhou o apoio de outros países do grupo para sua estratégia nacional, que enfatiza o carvão limpo, hidrogênio e energia nuclear para reforçar sua segurança energética.

Reconhecendo a atual crise global de energia e as perturbações econômicas, foi reafirmado o compromisso de acelerar a transição de energia limpa para emissões líquidas zero de gases de efeito estufa até 2050, o mais tardar. Os ministros reconheceram a importância de encontrar fontes de energia eficientes, acessíveis e diversificadas que sublinhem o compromisso de implementar ações imediatas, de curto e médio prazo nesta década crítica. O apelo à ação veio depois que a China e outros países em desenvolvimento intensificarem pedidos de ajuda para abandonar os combustíveis fósseis e estabilizar os preços e suprimentos de energia em meio às complicações da guerra da Rússia na Ucrânia. A questão do prazo para abandonar as usinas a carvão ainda é um ponto de discórdia. O documento reiterou a necessidade de reduzir urgentemente as emissões de dióxido de carbono e alcançar um setor de energia amplamente livre de carbono até 2035. As nações do G7 respondem por cerca de 40% da atividade econômica global e um quarto das emissões de carbono em todo o mundo.

Segundo o enviado climático dos Estados Unidos, John Kerry, tanto foi investido em energia limpa que não pode haver recuo nas medidas para acabar com as emissões de carbono. Kerry observou que, se os países cumprirem promessas de eliminar gradualmente combustíveis fósseis poluentes, o mundo pode limitar o aquecimento global médio a 1,5°C, melhor do que os piores cenários. O momento é muito diferente do ano passado, mas os países não estão fazendo tudo o que disseram que fariam. Muitos países precisam intensificar para reduzir emissões mais rapidamente, implantar energias renováveis mais rapidamente, colocar novas tecnologias online mais rapidamente, tudo isso precisa acontecer. Kerry disse que as conversas do G7 foram construtivas ao dar uma demonstração de unidade para a eliminação gradual do uso ininterrupto de combustíveis fósseis que emitem gases de efeito estufa. O G7 inclui Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Estados Unidos e Reino Unido. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.