14/Abr/2023

Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a região da Ásia e Pacífico deve crescer 4,6% neste ano, impulsionada pela reabertura da China. A economia chinesa está se recuperando de maneira forte, o que irá gerar efeitos positivos para seus parceiros comerciais. A China deve crescer 5,2% neste ano, em razão de uma forte retomada do consumo doméstico e aumento da demanda por bens. Com este impulso, a região Ásia-Pacífico deve representar 70% do crescimento da economia global neste ano. No entanto, algumas economias não devem acompanhar a tendência positiva.

No Japão, as projeções para o crescimento da economia foram reduzidas, prevendo desaceleração para 1,3% neste ano. O rebaixamento em relação às projeções de outubro reflete a demanda externa, o investimento mais fraco e o crescimento decepcionante no último trimestre de 2022. As autoridades asiáticas precisam se preparar para os desafios no crescimento de médio e longo prazo, tendo em vista que a China deve desacelerar após a forte recuperação deste ano. As autoridades devem lidar com os riscos financeiros, fiscais e inflacionários que pairam sobre a região. No caso da inflação, pode ser necessário manter a política monetária restritiva por mais tempo, considerando que os gargalos de oferta ainda estão em processo de redução e a depreciação das moedas locais continua afetando os preços.

Porém, o aumento nas taxas de juros também eleva riscos relativos aos altos níveis de dívida pública, o que alerta para a necessidade de reduzir orçamentos fiscais para os próximos anos e estabilizar a dívida. Sobre riscos financeiros, o sistema asiático está bem capitalizado e lucrativo, com pouca exposição direta às turbulências Ocidentais. Contudo, vulnerabilidades conectadas ao setor imobiliário permanecem, mantendo a necessidade de supervisão. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.