14/Abr/2023

A ex-presidente Dilma Rousseff tomou posse como a chefe do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), também conhecido como Banco dos Brics. Nos projetos, ela quer que a instituição faça captações nas moedas locais dos países e busque parcerias com outros bancos, incluindo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A ideia é buscar parcerias com os bancos nacionais de desenvolvimento. O BNDES é um dos exemplos de parcerias a serem perseguidas. O NDB buscará compartilhar e fazer parcerias com os demais bancos multilaterais e demais instituições financeiras e agências das Nações Unidas. Ela citou que do saneamento à infraestrutura social e digital, o banco tem projetos. Dados de fevereiro mostram que a instituição já aprovou 90 projetos, com desembolsos superiores a US$ 30 bilhões.

Serão desenvolvidos modelos de financiamento inovadores, capazes de alavancar recursos públicos e privados. A ideia é fazer captação de recursos nos mais diversos mercados mundiais, em diferentes moedas, como dólar, euro e yuan. Será buscado ainda financiar os projetos em moedas locais, privilegiando os mercados domésticos e diminuindo a exposição a variações cambiais. O banco foi criado em 2014 com capital comprometido dos membros de US$ 50 bilhões, com chance de chegar a US$ 100 bilhões. Dilma ressaltou a importância dos bancos multilaterais, falando da necessidade de financiamento para os investimentos em infraestrutura, além de necessidades sociais e ambientais.

Desde a criação do banco, os Brics se tornaram ainda mais relevantes, representando mais de 40% da população mundial e 25% da economia mundial. Em termos econômicos, a economia do grupo desses países já é maior que a dos que fazem parte do G7, considerando a paridade do poder de compra. As economias emergentes encaram ainda desafios significativos, como a desigualdade persistente, a pobreza extrema, a infraestrutura inadequada e a falta de acesso à saúde, educação e moradia. Mas, juntos, os países que formam os Brics podem ajudar a superar esses problemas. A ex-presidente do Brasil mencionou ainda as mudanças climáticas, ressaltando que o NDB tem papel importante no apoio a projetos que promovam a mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.