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13/Abr/2023

Dólar abaixo de R$ 5 com otimismo de investidores

O otimismo em relação ao cenário de inflação e de juros no Brasil, somado ao ambiente positivo no exterior, fez o dólar estender as perdas ante o Real nesta quarta-feira (12/04), com a moeda norte-americana atingindo o menor valor de fechamento desde junho do ano passado. O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos informou que o índice de preços ao consumidor subiu 0,1% no mês passado, desacelerando após avançar 0,4% em fevereiro. O resultado elevou a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) não seja agressivo em sua próxima decisão de política monetária, o que deu força a ativos de maior risco, como o Real. No Brasil, permaneceu no mercado o otimismo com o controle da inflação, após dados favoráveis do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na terça-feira (11/04), e em relação ao novo arcabouço fiscal. O resultado foi mais um dia de pressão de baixa para a moeda norte-americana. O dólar fechou a R$ 4,94, em baixa de 1,34%. Esta é a menor cotação desde 9 de junho de 2022, quando havia fechado em R$ 4,91.

Desde junho do ano passado o dólar não encerrava abaixo de R$ 5,00. Nas últimas semanas, avaliações positivas sobre o novo arcabouço fiscal já vinham retirando força do dólar ante o Real, com investidores vendo risco menor de descontrole da dívida pública no Brasil. Na sessão de terça-feira (11/04), a divulgação de dados favoráveis do IPCA, que subiu 0,71% em março, ante 0,84% em fevereiro, e a percepção de que o novo arcabouço fiscal pode ser mais robusto já haviam levado o dólar a recuar mais de 1%. Nesta quarta-feira (12/04), o otimismo continuou, inclusive com o auxílio do exterior. Segundo a Wagner Investimentos, o índice de preços dos Estados Unidos veio benigno, a inflação está cedendo e o Federal Reserve deve fazer apenas mais um aumento de juros. No Brasil, o dólar estava exagerado em função das dúvidas em relação ao governo. Agora, a moeda norte-americana opera abaixo de R$ 5,00. Como o juro norte-americano está parando na faixa de 5% ao ano, e o Brasil tem taxa de 13,75% ao ano, o juro real ficará muito elevado ainda.

Por enquanto, ainda há um diferencial bastante elevado. Este diferencial de juros tem favorecido a entrada de recursos no Brasil, o que contribui para a queda das cotações. Com a expectativa positiva em relação ao arcabouço, os investidores também têm retirado nas últimas semanas prêmios de risco dos preços, o que se traduz na queda do dólar. A queda pode continuar, com a moeda norte-americana se estabilizando em patamares ainda mais baixos, caso o andamento do novo arcabouço fiscal seja favorável. No exterior, o dólar também recuava ante outras divisas de países emergentes, embora o Real fosse o destaque do dia. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,57%, a 101,540. O Banco Central informou que o fluxo cambial para o Brasil na primeira semana de abril foi positivo em US$ 2,553 bilhões. O Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em rolagem. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.