12/Abr/2023

Segundo o relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO) publicado nesta terça-feira (11/04) pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), houve revisão para baixo a projeção de crescimento do Brasil no primeiro ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A nova expectativa aponta para uma expansão de 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) doméstico em 2023, contra alta de 1,2%, que havia sido prevista em janeiro. Se confirmada, a expectativa indica uma relevante desaceleração em relação ao ano passado, quando a economia brasileira cresceu 2,9%. Para 2024, foi mantida a expectativa de um avanço de 1,5% do PIB do País.

Ao revisar para baixo a projeção deste ano, o crescimento do primeiro ano do governo de Lula deverá ficar abaixo do desempenho visto na estreia de seu antecessor, Jair Bolsonaro. Em 2019, o PIB brasileiro avançou 1,2%. O presidente Lula voltou a criticar o FMI, na segunda-feira (10/04), durante discurso sobre os 100 primeiros dias do governo. Segundo Lula, se a sua gestão for se basear no que o mercado e as perspectivas do FMI indicam para o Brasil, "é melhor desistir". Ao projetar um cenário "duro" e "nebuloso" para a economia global neste ano, o FMI afirmou que algum ímpeto viria das economias emergentes e em desenvolvimento. Não será o caso do Brasil, no entanto.

No ritmo estimado, o primeiro ano do governo de Lula posicionará o País entre os piores desempenhos de PIB entre os emergentes e em desenvolvimento em 2023, ficando à frente somente de economias como a da Rússia, que sente os efeitos da invasão à Ucrânia, e da África do Sul. A previsão para o Brasil também é inferior à expectativa de crescimento das economias desenvolvidas e à média global. A revisão do FMI reforça o coro econômico quanto ao baixo crescimento esperado para o Brasil neste ano. O Banco Mundial divulgou na semana passada projeção de alta de 0,8% para o País. O alerta também vem do setor privado. O Itaú Unibanco anunciou uma revisão para baixo em sua expectativa para o PIB do Brasil neste ano, que passou para alta de 1,1%, de 1,3%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.