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06/Abr/2023

Balanço é positivo da comitiva brasileira na China

Em reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na terça-feira (04/04), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, apresentou o balanço da viagem à China. Logo no primeiro dia de agenda em Pequim, após reunião com o ministro da Administração Geral da Aduana Chinesa (GACC), Fávaro comunicou o levantamento do embargo às importações de carne bovina brasileira ao país asiático, que durou 29 dias, prazo recorde em relação a outros governos, que levaram cerca de 100 dias para retornar as exportações para a China. A paralisação das exportações à China ocorreu em fevereiro deste ano, após a confirmação de um caso isolado e atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), popularmente conhecido com o mal da “vaca louca”, em um bovino no Pará.

O ministro Fávaro relatou ao presidente Lula o clima receptivo e amigável por parte da população chinesa nas ruas, especialmente das autoridades do país, que mostraram boa vontade nas reuniões oficiais que discutiram novos acordos entre os dois países. Fávaro confirmou a Lula que já chegou a nove os registros de aberturas de mercado para produtos do setor agropecuário brasileiro neste ano, número expressivo para tão pouco tempo de governo. Em janeiro, o Egito abriu mercado para o algodão e a Argélia para bovino vivo. Em fevereiro, o Chile autorizou as importações de mucosa intestinal, ovos férteis e aves de um dia (codorna), o Panamá para sêmen bubalino, o México de carne suína e a Malásia de gelatina bovina.

Em março, houve a abertura do México para carnes bovina, além da carne de frango da Polinésia. O Brasil volta a ser uma grande oportunidade para as relações comerciais com a China. Isso significa oportunidades de empregos e renda. Após a reunião com o presidente, o ministro Fávaro reforçou que a viagem de Lula à China, nos próximos dias, trará ainda mais oportunidades ao agronegócio brasileiro com a assinatura de quatro acordos para o setor. Tratativas importantes que há muitos anos eram esperadas pelo Brasil vão se concretizar com a presença do presidente Lula na China. Uma delas é a certificação digital que deve tornar a tramitação mais rápida e confiável, diminuindo a burocracia para os exportadores brasileiros.

O acordo trará um ganho importante para o setor, assim como outra ação em andamento, que permite a operação direta entre Real e a moeda chinesa, sem necessidade de dolarização. Estão entre as propostas apresentadas pelo Ministério da Agricultura estão: abertura de mercado para novos produtos do Brasil; ampliação da comercialização de milho, incentivo à exportação de carne suína e outros produtos, como gergelim e noz-pecan e avanços na negociação do algodão e sorgo. Outro tema que merece destaque nessa missão foi a entrega de uma carta da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) para o ministro Carlos Fávaro, reconhecendo a qualidade, segurança e credibilidade do sistema de defesa brasileiro, um motivo de grande orgulho e fortalecimento da parceria entre os dois países.

Atualmente, o Brasil tem mais de 50 plantas frigoríficas cadastradas para serem avaliadas pelo governo chinês. As oportunidades estão postas na mesa e o Brasil terá mais produtos comercializados com a China. Outra pauta da agenda do Ministério da Agricultura na China foi a sustentabilidade. O ministro lembrou que o Brasil tem grande potencial de crescimento da produção sustentável, mas ainda faltam investimentos nesta área. Segundo ele, o BNDES está formatando uma linha de crédito com taxas de juros equacionadas para aumentar a produção sustentável no Brasil. A comitiva presidencial do Brasil deve seguir para a China no dia 11 de abril, e o nome do ministro Fávaro já está confirmado. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.