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05/Abr/2023

Plano Safra: Carlos Fávaro defende linha em dólar

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, defendeu nesta terça-feira (04/04) a criação de linhas de crédito rural em dólar pelo Plano Safra, no intuito de atender com juros menores os produtores de médio a grande porte, deixando espaço para que mais subsídios fiquem para o pequeno agricultor. A demanda será levada por Lula ao Ministério da Fazenda, pedindo uma atenção maior na formulação do próximo Plano Safra, que entrará em vigor em julho. O agronegócio cresce e, por vezes, o Tesouro, não dá conta de equacionar todas essas questões.

Por isso, a buscar por inovação, talvez implementando mais linhas de crédito dolarizadas. Captar dinheiro no exterior com juros bastante acessíveis, acrescentou o ministro. Considerando que as commodities exportadas por médios e grandes produtores também são comercializadas em dólar, Fávaro destacou que a captação de recursos dolarizados minimiza o risco da operação, porque a variação cambial é zero e o juro internacional é mais barato. A medida ainda abriria espaço fiscal para a equalização de taxas de juros para produtores menores serem atendidos pela linha Pronaf.

A busca por estratégias para definir o próximo Plano Safra ocorre em momento de esgotamento de recursos do programa vigente e, com isso, suspensão de linhas de crédito rural pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No mês passado, Fávaro solicitou ao Ministério da Fazenda o montante de R$ 1 bilhão para equalização de juros do Plano Safra atual, para permitir a liberação de R$ 30 bilhões em crédito adicional para 2022/2023. Junto ao Ministério da Agricultura nesta terça-feira (04/04), o presidente da agência de promoção de exportações Apex Brasil, Jorge Viana, ressaltou que tratou recentemente com a ex-presidente Dilma Rousseff, agora líder do banco dos Brics, a negociação da retomada de uma linha de crédito da instituição financeira voltada para o agronegócio brasileiro.

Trata-se de R$ 2,5 bilhões para as cadeias produtivas que são dolarizadas, que exportam, com taxas de juros de 7%. Além das questões financeiras, Fávaro disse que levou à Lula um retorno sobre os resultados obtidos na missão à China, ocorrida em março, ressaltando que ainda ficaram oportunidades em aberto, para serem formalizadas. Após cancelar sua participação à missão por um diagnóstico de pneumonia leve, o presidente remarcou a viagem para 11 de abril e o ministro Carlos Fávaro estará novamente na comitiva do governo.

Segundo o ministro, muitos executivos já realizaram negócios, mas outros também deixaram pendências e vão ser convidados para formalizar negócios na presença do presidente. De fato, a ausência de Lula na missão chinesa limitou os resultados obtidos, como a expectativa de mais habilitações de frigoríficos brasileiros para exportação ao país asiático e a possibilidade de revisão do protocolo entre os dois países que define um auto embargo para vendas de carne bovina do Brasil à China, em casos de detecção da doença "mal da vaca louca", mesmo antes da definição sobre a natureza da doença. Fonte: Notícias Agrícolas. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.