04/Abr/2023

Um estudo desenvolvido pela Serasa Experian sobre a concessão de crédito a produtores rurais mostrou que, com a adoção do Agro Score, inteligência específica para o agronegócio desenvolvida pela Serasa para avaliação de credores, 82,4% dos trabalhadores do campo poderão ter acesso a um crédito de qualidade. Na comparação com modalidades tradicionais de análise para oferta de crédito, o índice aumenta em 40,4% a concessão aos produtores. Com o modelo tradicional utilizado pelo mercado, cerca de 58,6% desses trabalhadores teriam acesso a um crédito de qualidade. O estudo da Serasa foi realizado em março deste ano, com uma amostra de cerca de 9 milhões de donos de propriedades rurais ou empresários que têm empréstimos e financiamentos na modalidade rural ou agroindustrial no Cadastro Positivo. A análise atribui pontuação aos produtores de 0 a 1000.

Quanto mais alta a nota, maior a chance de que o agricultor cumpra compromissos financeiros com empresas relacionadas ao agronegócio (comércio atacadista, indústrias, insumos, fertilizantes e maquinário agrícola), mercado financeiro e cooperativas de crédito. A adoção da inteligência específica para o agronegócio faria com que 40,4% dos trabalhadores do campo passassem a ter pontuação acima de 500. O recorte da análise por faixa etária mostrou que os produtores com mais de 60 anos tiveram o maior salto na classificação. A oferta de crédito a esse segmento aumentou cerca de 22% em comparação com as modalidades tradicionais de análise. Os agricultores com idade entre 51 e 60 anos também tiveram destaque, crescendo aproximadamente 21,4%. A pesquisa por Estados brasileiros mostrou que as Regiões Norte e Nordeste seriam as mais beneficiadas pela adoção do Agro Score, com ganho de 23,2% e 21,1%, respectivamente, na comparação com análises tradicionais.

A Região Sudeste avançou 20,9%, seguida pela Região Centro-Oeste (20,3%) e Região Sul (15,3%). Os donos de propriedades rurais do Pará tiveram o melhor ganho, em termos de pontuação, com alta de até 26,8%. Na sequência está a Bahia, com aproximadamente 26%, e Roraima com 25,2%. O estudo demonstra como é fundamental que o setor tenha análises tecnológicas customizadas, como os riscos do comportamento financeiro do produtor dentro do mercado e sua relação com a inadimplência relacionada ao agronegócio. Com a combinação de dados em uma análise customizada, os produtores têm mais chances de acessar linhas de crédito com melhores taxas de juros e investir com segurança em insumos necessários para suas atividades rurais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.