31/Mar/2023

Segundo a Comissão Europeia, o conflito Ucrânia-Rússia e os aumentos do custo dos insumos e da inflação de alimentos decorrentes da guerra continuam pensando nos mercados agrícolas e nas decisões de compra dos consumidores. Além disso, os países europeus sofreram com as secas de inverno, piorando ainda mais a disponibilidade de água em regiões com reservatórios de água já em níveis mínimos, resultado do verão quente e seco do ano passado. Ainda assim, as perspectivas macroeconômicas são mais positivas do que se observava no outono de 2022, apesar das incertezas sobre o abastecimento de energia para o próximo inverno e das recentes tensões nos mercados financeiros.

Os preços das commodities no ano passado ajudaram a compensar os altos custos dos insumos e a renda agrícola aumentou em média, com disparidades setoriais e regionais significativas. A expectativa é de que os insumos estejam menos caros em 2023, com previsão também de menores preços para os cereais, o que atende à demanda por ração. Além disso, a expectativa é de oferta de fertilizantes e de preços mais baixos de energia. A inflação dos alimentos continua significativa, com os preços médios dos alimentos na União Europeia 19,5% mais altos em fevereiro de 2023 do que em fevereiro de 2022.

Apesar das quedas observadas em alguns custos de insumos, os preços dos alimentos devem permanecer em níveis elevados por um tempo antes de cair. Os representantes do bloco também acreditam que o clima de inverno seco e ameno pode diminuir a qualidade e a disponibilidade de forragem e aumentar a ocorrência de pragas, com um possível efeito nos rendimentos. Em relação ao comércio, a expectativa é de que as exportações se recuperem em 2023, sustentadas pela reabertura da China, enquanto alguns desafios podem permanecer devido a um poder de compra mais fraco e menor competitividade da União Europeia em alguns mercados. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.