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29/Mar/2023

Preços de alimentos devem se estabilizar em 2023

O indicador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que mostra a inflação por faixa de renda fechou fevereiro com variação de 0,69% para o segmento familiar de renda mais baixa. No caso do grupo de maior renda, a inflação chegou a 1,05% no mês passado. No acumulado dos últimos 12 meses, o aumento ficou em 5,86%, para as famílias de baixa renda, e em 7,03% para o grupo de renda alta. Já se esperava que a inflação daria um alívio para as classes de renda mais baixa em 2023. A previsão era de que os alimentos fossem desacelerar. A safra está boa, não tem nenhum problema climático. Preços agrícolas no atacado estão com deflação em 12 meses. O mês de fevereiro foi melhor do que o esperado por conta de carnes, devido ao problema com a exportação para a China (houve embargo por conta de investigação de um caso do ‘mal da vaca louca’). Assim, sobrou mais carne no mercado doméstico.

A previsão para 2023 é de inflação dos mais pobres correndo abaixo da dos mais ricos. Para a LCA Consultores, as famílias deverão pagar 22,6% a menos em 2023 pelos tubérculos, raízes e legumes. As carnes devem registrar queda de 3,3%, enquanto os preços de óleos e gorduras podem recuar até 5,5% no ano. Considerando os aumentos em outros itens, as compras nos supermercados subirão apenas 1% em 2023. Os alimentos para consumo no domicílio devem ficar próximos da estabilidade ou registrar deflação nos próximos sete meses, voltando a subir apenas no último trimestre, por um movimento sazonal de encarecimento dessa classe de produtos. Os recuos de preços previstos, porém, não devolverão os aumentos registrados nos anos anteriores, o que resulta numa sensação apenas parcial de melhora sobre o orçamento das famílias mais pobres. O nível de preços está muito alto. Então, vai parar de piorar, e dá uma sensação, na margem, de melhora.

As famílias de renda mais baixa já mostraram uma melhora na confiança em março, com uma ajuda da trégua na alimentação, sugerem dados da Sondagem do Consumidor, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice de confiança do consumidor subiu 2,5 pontos em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, para 87,0 pontos. Entre os consumidores com renda familiar abaixo de R$ 2.100,00 mensais, essa alta chegou a 4 pontos, para o patamar de 88,4 pontos, aproximando-se do nível de confiança da faixa mais rica (que recebe acima de R$ 9.600,00 mensais), cujo índice caiu 0,8 ponto, para 89,1 pontos. As famílias de menor poder aquisitivo relataram uma percepção de melhora da situação financeira, embora partam de um patamar extremamente baixo em termos históricos. A contribuição vem do novo Bolsa Família e da perspectiva pelo Desenrola, o programa de renegociação de dívidas que está sendo fechado pelo governo com os bancos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.