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28/Mar/2023

Dólar em baixa pela segunda sessão consecutiva

O dólar fechou em queda ante o Real nesta segunda-feira (27/03), pela segunda sessão consecutiva, na esteira do exterior, onde o maior otimismo com o setor bancário mantinha a moeda norte-americana em baixa ante outras divisas de países emergentes, e com os investidores à espera do novo arcabouço fiscal no Brasil. A notícia de que o First Citizens BancShares Inc vai adquirir os depósitos e empréstimos do falido Silicon Valley Bank (SVB), dos Estados Unidos, ajudou a estabilizar as ações de bancos europeus nesta segunda-feira (27/03), elevando a procura por ativos de maior risco, como ações e moedas de países emergentes. No Brasil, os investidores também reagiam positivamente à possibilidade de o novo arcabouço fiscal ser divulgado nos próximos dias, antes mesmo do previsto, já que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adiou sua viagem à China nesta semana por motivos de saúde. Originalmente, o arcabouço seria apresentado apenas após o retorno de Lula do país asiático. O dólar fechou a R$ 5,20, em queda de 0,82%.

Nas duas últimas sessões, a moeda norte-americana acumulou baixa de 1,56%. Internamente, profissionais citaram ainda a expectativa com a publicação da ata do mais recente encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, marcada para esta terça-feira (28/03). Como o comunicado do colegiado que manteve a Selic (a taxa básica de juros) em 13,75% ao ano foi considerado duro (ou hawkish, na linguagem do mercado), há certa expectativa de que a ata possa aliviar o discurso e eventualmente até elevar as chances de o Banco Central antecipar o início do ciclo de cortes da taxa. Para o Banco Mizuho, há contribuição tanto externa quanto interna para a queda do dólar. No caso da interna, existe a expectativa com o arcabouço e a ata. Para a Fair Corretora, a busca por oportunidades no mercado brasileiro, após as quedas mais recentes dos ativos, contribuiu para a queda do dólar. Muitos estrangeiros haviam saído dos negócios, com as críticas do governo ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e a crise bancária no exterior.

Como caíram bastante, os preços das ações estão atrativos e se observa um certo retorno. Para os próximos dias, além da ata e do arcabouço, as cotações serão influenciadas pela briga entre comprados (posicionados na alta do dólar) e vendidos (posicionados na baixa) pela determinação da Ptax de fim de mês, que servirá para liquidar os contratos futuros no início de abril. A taxa será definida na sexta-feira (31/03). É de se esperar uma pressão dos comprados nos últimos dias do mês, considerando que a moeda norte-americana voltou a ficar próxima dos R$ 5,20 após as últimas sessões. O Banco Central vendeu 13.010 contratos, do total de 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de maio. No exterior, o dólar mantinha perdas em relação a uma cesta de moedas. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,16%, a 102,830. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.