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28/Mar/2023

Brasil quer China financiando produção de alimentos

O governo brasileiro está convidando empresas chinesas a financiar, junto com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a conversão de áreas hoje destinadas a pastagens degradadas para a produção agrícola. A mensagem levada nos encontros da missão brasileira que está em Pequim é de que o Brasil tem condições de facilmente dobrar a produção de alimentos, aumentando ainda mais as exportações a seu maior parceiro comercial, que tem na segurança alimentar uma de suas grandes vulnerabilidades. Dos 160 milhões de hectares de pastagem no País, 40 milhões de hectares são de áreas de baixa produtividade ou em processo de degradação, porém, propícios à agricultura.

Somada aos atuais 77 milhões de hectares hoje usados para o plantio, em duas safras, essa nova área, segundo o Ministério da Agricultura, permitiria ao Brasil duplicar a sua produção de alimentos, sem precisar abrir novas áreas. Contudo, essa ampliação de área plantada não ocorre por falta de financiamento. Nesta segunda-feira (27/03), durante evento com empresários na capital chinesa, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, salientou que, sem financiamento para compra de fertilizantes, alguns produtores optam por derrubar floresta, em vez de recuperar a fertilidade do solo. Assim, salientou o ministro, o BNDES vai oferecer linhas de médio e longo prazo, com carência, para o produtor realizar a conversão das pastagens em lavouras.

Segundo Fávaro, as grandes empresas também poderão participar. Essa possibilidade foi apresentada à direção da Cofco, estatal chinesa de processamento e comercialização de alimentos que já tem presença no Brasil. A intenção é que a companhia financie a compra de fertilizantes e calcário para a conversão do solo por produtores, dando a eles prazo para o pagamento. "Vamos intensificar nossa potencialidade, gerar empregos, comprar máquinas. Tudo isso vai ser incorporado e nossas relações, de produtos brasileiros à China, poderão ser ampliadas", declarou Fávaro durante seminário realizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), em parceria com o Centro para China e Globalização, na capital chinesa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.