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22/Mar/2023

Mercado aposta em corte na Selic até o 3º trimestre

Conforme a edição de março da pesquisa LatAm Fund Manager Survey, do Bank of America (BofA), a maioria dos gestores de fundos da América Latina espera que o Banco Central do Brasil comece a diminuir a taxa Selic até o terceiro trimestre. A proporção dos investidores que esperam cortes da Selic até setembro avançou a 83%, contra 35% em fevereiro. Os mercados brasileiros já precificam cortes de juros em agosto, e a Fund Manager Survey de março mostra uma visão similar. Em março, a pesquisa ouviu 30 gestores de fundos, com patrimônio de US$ 63 bilhões. A aposta no início do ciclo de cortes no terceiro trimestre é majoritária, citada por mais de 40% dos gestores entrevistados. Em segundo lugar, aparece a expectativa de afrouxamento monetário a partir do segundo trimestre, com pouco menos de 40% das respostas.

Na pesquisa de fevereiro, menos de 5% dos gestores esperavam redução dos juros entre abril e junho. Cerca de 50% dos gestores esperam uma queda da Selic, hoje em 13,75%, a um intervalo entre 12,0% e 12,75% no fim deste ano, contra apenas 20% na pesquisa de fevereiro. No período, a proporção dos entrevistados que espera juros entre 13,0% e 13,5% no fim de 2023 caiu de 40% para pouco menos de 30%. A razão dos que esperam juros estáveis em 13,75% recuou de pouco menos de 40% para abaixo de 10%. Apesar da expectativa de antecipação do ciclo de cortes, os gestores pioraram as apostas na Bolsa brasileira. A maior parte dos entrevistados (40%) espera que o Ibovespa encerre 2023 entre 95 mil e 110 mil pontos, contra apenas 20% na pesquisa de fevereiro. Apenas 20% veem o índice acima de 120 mil pontos, contra 43% na edição anterior.

Entre os entrevistados, apenas 23% planejam aumentar a alocação em ações nos próximos seis meses, a menor proporção desde fevereiro de 2022. A posição em dinheiro dos fundos atingiu 8,4% em março, o maior nível desde o início da pesquisa, em 2018. A maioria dos gestores espera crescimento entre zero e 1% para o PIB do Brasil em 2023. A maior parte dos entrevistados manteve a expectativa de que o dólar encerre o ano entre R$ 5,11 e R$ 5,41. Ao todo, 43% esperam fortalecimento do dólar ante as moedas latino-americanas este ano, contra 20% na pesquisa de fevereiro. A maior parte dos gestores (40%) citou juros mais altos nos Estados Unidos como maior risco para os mercados latino-americanos, seguido por China e commodities e por uma desaceleração dos Estados Unidos, ambos com menos de 20% das respostas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.