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21/Mar/2023

Lula deve assinar ao menos 20 acordos com a China

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinará ao menos 20 acordos com a China na visita de Estado que fará ao país asiático no fim do mês, de acordo com o Itamaraty. O número ainda pode aumentar. O objetivo da viagem, segundo o Ministério das Relações Exteriores, é aprofundar a parceria estratégica entre os dois países e retomar contatos de alto nível com as autoridades chinesas. Já estão confirmados na comitiva 240 empresários, de diversos setores da economia, além de representantes do Congresso. Um dos acordos que já foram fechados com a China, e que será assinado durante a visita de Lula, é de cooperação para o lançamento do satélite Cbers-6, capaz de fazer o monitoramento de florestas mesmo em dias com muitas nuvens no céu. Além do desenvolvimento tecnológico, os entendimentos bilaterais também incluem educação, cultura, finanças, ciência e tecnologia e protocolos sanitários para a exportação de produtos agrícolas.

As discussões contemplarão as mudanças climáticas, a transição energética e o combate à fome. O Brasil quer ter uma relação comercial mais diversificada com a China. O País é hoje o principal fornecedor de produtos agropecuários para China. Ainda que pretenda estreitar os laços bilaterais com os chineses, com mais investimentos, contudo, o governo brasileiro também tem a preocupação de fortalecer o Mercosul. A visita à China será comercial e econômica, mas também política. Durante um briefing à imprensa sobre a viagem do presidente da República, foi ressaltado que Lula será o primeiro mandatário a ser recebido pela China após Xi Jinping iniciar um novo mandato no comando do gigante asiático. Além disso, a viagem de Lula à China será a primeira fora do Hemisfério Ocidental. Desde que assumiu o terceiro mandato, ele já foi à Argentina, ao Uruguai e aos Estados Unidos.

A visita ocorre em um momento muito auspicioso, de renovação do ciclo político no Brasil e na China. É um momento em que Brasil e China falam para o mundo. É uma relação rica e densa. Quando dois países em desenvolvimento se juntam, eles falam para o mundo. A China passa por uma transformação econômica. Crescimento mais voltado para a qualidade, transição para um país mais desenvolvido. Abre possibilidade para parcerias e exportação de outros produtos. A viagem de Lula será do dia 26 ao dia 31 de março. A visita oficial de Estado em Pequim ocorrerá no dia 28 de março. Lula se encontrará com o presidente chinês, Xi Jinping, com o primeiro-ministro do país asiático, Li Qiang, e com o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji. Um comunicado conjunto, com 50 parágrafos, deverá ser divulgado.

No dia 29 de março, ainda na capital chinesa, Lula participará de um seminário para o qual são esperados entre 400 e 500 empresários. Representantes do setor produtivo brasileiro disputam lugar na comitiva. Segundo o Itamaraty, 240 já foram confirmados, entre eles, 90 do agronegócio. No dia 30 de março, Lula irá a Xangai, acompanhado da ex-presidente Dilma Rousseff, que dirigirá o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), popularmente conhecido como Banco dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Para a comitiva, Lula convidou os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de outros representantes do Congresso. A comitiva brasileira tentará abrir o mercado para produtos do agro. Na pauta está obter aval para exportação de gergelim, sorgo, noz pecã do Brasil e novas habilitações de frigoríficos. Na pesca, há interesse em comercializar camarão para o país asiático. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.